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MIB: Homens de Preto 3 (filme)
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MIB: Homens de Preto 3

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Em MIB: Homens de Preto 3 (2012), o diretor Barry Sonnenfeld realiza mais um filme da franquia iniciada em 1997 e continuada em 2002. Contando com um grande orçamento, presença dos dois atores principais das aventuras anteriores, e efeitos especiais e visuais ainda mais sofisticados, a produção só não funcionaria se a história fosse ruim. E, quem assume a responsabilidade pelo roteiro é Etan Coen, novato na franquia e que vinha do sucesso de Trovão Tropical (Tropic Thunder, 2008), que escreveu com Justin Theroux e Ben Stiller.

Etan Coen (que não é o Ethan Coen dos Irmãos Coen) ousou trilhar por um caminho nada fácil. Primeiro, porque o ator Tommy Lee Jones some perto da metade do filme. Âncora da franquia, sua figura taciturna representa o oposto do falador Will Smith, e lamentamos sua ausência logo que ele desaparece. O desaparecimento acontece porque a trama envolve uma viagem no tempo. Aliás, outra ideia arriscada do roteiro, pois soa muito próxima à aventura de De Volta para o Futuro (Back to the Future, 1985), na qual eventos do passado influenciam o que acontece no presente. Então, para evitar que o Agente K (Jones) morra, o Agente J (Smith) volta ao passado.

Uma ideia duvidosa bem utilizada

De fato, essa ideia da volta no tempo é uma novidade um pouco indigesta, parecendo o deus ex machina difícil de engolir de Vingadores: Ultimato (Avengers: Endgame, 2019). No entanto, esse recurso abre duas oportunidades espertamente aproveitadas em MIB: Homens de Preto 3. Uma delas é a escolha de Josh Brolin como a versão mais nova de Tommy Lee Jones. A opção se encaixa perfeitamente, e fica até automático vermos Brolin como sendo o novo Jones. Aliás, um grande trabalho de atuação de Brolin, porque ele precisa se parecer com Jones mas numa versão alegre e falante do Agente K. No entanto, o mesmo não se pode dizer de Alice Eve, que não tem nada da Agent O madura, papel de Emma Thompson.

Além disso, a outra sacada inteligente foi aproveitar a volta ao passado para aprofundar os personagens principais. Assim, conhecemos como o Agente J se tornou órfão, tendo o heroísmo do pai como modelo para seu crescimento. E, também, o que transformou o divertido Agente K em uma pessoa sisuda e calada.

Os efeitos e as cenas de ação se beneficiam da evolução tecnológica. Os monstros são ainda mais inventivos, e novamente beirando o limite do nojento. O vilão com a mão que se abre para dar vazão a uma variante de caranguejo parece saído da mente de Guillermo Del Toro. De fato, tecnicamente, o filme se sai até melhor do que os longas anteriores.

Porém, MIB: Homens de Preto 3 possui alguns momentos fracos. Especificamente, quando Will Smith fica sem o seu parceiro, na metade da história. Esse problema se desfaz quando surge Josh Brolin, provando que o MIB só funciona em formato de dupla. E, essa constatação se evidencia com o terceiro protagonista, o chatíssimo Griffin (Michael Stuhlbarg).


MIB: Homens de Preto 3 (filme)
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