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Ave César (filme)
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Ave, César!

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

Sátira à era do poderosos moguls, os produtores dos grandes estúdios hollywoodianos, retratada com o humor negro ácido dos irmãos Coen. Se você não curte o estilo deles, vai odiar Ave, César!, mesmo com o elenco estrelar que inclui George Clooney, Ralph Fiennes, Scarlett Johansson, Channing Tatum e, claro, Frances McDormand, a esposa de Joel Coen. Afinal, é uma produção menor, e eles puderam fazer tudo do jeito que pretendiam.

A trama

Josh Brolin interpreta Eddie Mannix, o chefão do estúdio Capitol. Sua superprodução “Ave, César!” é interrompida quando seu astro Baird Whitlock (Clooney) é sequestrado por roteiristas comunistas descontentes com o método capitalista de produção hollywoodiano. Além disso, Mannix precisa encontrar uma solução para DeeAnna Moran (Johansson). Ela é a starlet do estúdio, e precisa esconder sua gravidez, porque, sendo uma mulher solteira, isso poderia prejudicar sua imagem.

E é justamente trabalhando o poder da imagem que o astuto Mannix consegue manipular a jornalista interpretada por Tilda Swinton, em papel duplo. Em outra trama paralela, acompanhamos a tentativa de Mannix de transformar o ator de faroestes Hobie Doyle em um astro de dramas românticos.

Metalinguagem

Aliás, o tema da metalinguagem, do filme sobre o próprio processo de fazer cinema, conta a favor do longa de Joel e Ethan Coen. Afinal, eles conseguem tirar humor de situações absurdas, mas que provavelmente não fogem muito do que aconteceu de fato na velha Hollywood. O encontro de Manny com os representantes de várias religiões, com o intuito de obter a aprovação do filme “Ave, César!”, é um desses momentos engraçados. Da mesma forma, outro exemplo é o número de dança com Burt Gurney (Tatum), em que vários marinheiros festejam a ausência de mulheres na próxima missão.

Por outro lado, Ave, César! antecipa em um ano o escândalo que estouraria em 2017, envolvendo o produtor Harvey Weinstein. Este foi acusado de assediar sexualmente várias mulheres, aproveitando-se de seu poder. Ademais, também o caso do astro Kevin Spacey, cujo delito se parece com o que acontece no filme com o diretor Laurence Laurentz (Fiennes), que aliciou Burt Gurney quando esse iniciava a carreira.

Enfim, a aproximação da ficção com a realidade acrescenta interesse a mais uma obra inteligente dos Coen. O que, no entanto, não garante que você venha a apreciar o humor negro deles.


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