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Bottom of the World (2017)
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Bottom of the World

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

A primeira parte de Bottom of the World contém um clima misterioso, como se algo muito sinistro rondasse o casal Alex (Douglas Smith) e Scarlett (Jena Malone), enquanto vagueiam sem rumo pela estrada deserta do oeste americano, até ficarem presos a um hotel de beira de estrada por forças inexplicáveis, ameaçados por um homem mascarado, e sufocados pela recorrente presença de um pregador religioso.

Após 40 minutos de filme, a narrativa foge para outra situação, onde Alex mora em uma casa luxuosa e está casado com uma outra mulher, Paige (Tamara Duarte). Tudo o que vimos antes pode ser apenas um sonho de Alex. Ou talvez essa realidade atual seja falsa, porque Scarlett está presente nela também.

O filme do diretor Richard Sears parece enveredar pela linha onírica seguida por David Lynch, que demanda que o espectador encontre significados para interpretar os sonhos, tendo antes que desvendar o que é real. O momento de transição entre a primeira parte e a segunda representa o ponto de maior tensão do filme, o espectador se sente desconcertado com a quebra da narrativa e precisa compreender o que se passa na tela.

Porém, à medida que as peças do quebra-cabeças são apresentadas, menos tensão a trama contém. Isso porque se afasta da suposta influência de Lynch para uma conclusão sobrenatural mais óbvia e sem a densidade que potencialmente suportaria. Tanto que, quando a revelação final é apresentada, o espectador já tinha previsto tudo antecipadamente. Bottom of the World desperdiça, assim, o clima de mistério que constrói eficientemente na sua primeira parte. A sua explicação sobrenatural de acaba frustrando o público.


Bottom of the World (2017)
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