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Brooklyn (filme)
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Brooklyn

Avaliação:
8/10

8/10

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Crítica | Ficha técnica

Acima de tudo, a sensibilidade marca “Brooklyn”. Eilis migra da Irlanda para os Estados Unidos, para o bairro do título, em Nova York, onde um padre compatriota lhe reservou uma vaga de emprego como vendedora de loja de departamentos. A vida em seu país natal não a desagrada, mas a possibilidade de oportunidades mais promissoras a leva a imigrar.

O diretor John Crowley preza o visual para comunicar significados. Assim, após uma sofrida viagem em navio, Eilis chega aos EUA e, seguindo os conselhos de sua companheira de quarto na embarcação, consegue passar pela imigração sem problemas. Nesse momento, Eilis caminha para a porta azul, oficialmente adentrando o país. Há um brilho intenso vindo por essa entrada, o que marca com certo misticismo a esperança que o novo país representa para ela.

No entanto, a vida na América não será moleza. A saudade da família, principalmente da irmã, a dificuldade em aprender sua nova profissão, acabam por derrubá-la. O padre amigo e as colegas da pensão não são suficientes para levantar seu ânimo. Apenas as cartas que troca com sua irmã servem de consolo. Até que Eilis conhece o jovem descendente de imigrantes italianos Tony, por quem se apaixona. O namoro muda sua vida e, finalmente, ela se ente feliz.

O drama

Como sem drama, não há trama, acontece uma inesperada morte na família de Eilis. Habilmente, John Crowley usa a justaposição das imagens dos olhos da jovem protagonista com os olhos da sua mãe para sacramentar a decisão de voltar para seu país de origem. Lá, encontra família, emprego e um pretendente. Eilis deve decidir se permanece na Irlanda ou se volta novamente para os Estados Unidos.

A delicada história criada pelo escritor Colm Toibin, cujo livro foi roteirizado por Nick Hornby, autor de best sellers como “Alta Fidelidade” (High Fidelity, 2000) e “Um Grande Garoto” (About a Boy, 2002), é embalada pela trilha sonora que utiliza principalmente instrumentos de cordas para entoar a emblemática riqueza da música irlandesa. Contando também com a autêntica interpretação de Saoirse Ronan (que é descendente de irlandeses), “Brooklyn” agrada ao público feminino, mas também toca o coração dos imigrantes que deixam tudo para trás – seu país, seus amigos, sua família – em troca de esperança.  Em cena comovente, que marca o espírito do filme, Eilis se despede de uma pessoa amada, sabendo que nunca mais a verá de novo.


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