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Creed II (filme)
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Creed II

Avaliação:
7/10

7/10

Crítica | Ficha técnica

Creed II traz a luta de Creed contra Drago, revisitada.

O primeiro filme sobre Creed, em 2015, trouxera de volta às telas a franquia de Sylvester Stallone iniciada com Rocky, Um Lutador (1976), que já contava com cinco sequências. O diretor e roteirista Ryan Coogler conseguira amarrar a nova estória com criatividade, sem se tornar pedante, e seu talento na direção empolgou crítica e público (leia nossa resenha sobre o filme). Como resultado, o filme catapultou o jovem Coogler para a megaprodução Pantera Negra (2018), juntamente com o ator Michael B. Jordan. Em Creed II, a direção foi entregue para outro diretor novo, Steven Caple Jr., que realiza aqui seu segundo longa-metragem na carreira. Já o roteiro ficou por conta de Cheo Hodari Coker, Sylvester Stallone e Juel Taylor.

Similar a Rocky IV

Essa mudança impactou no resultado. Creed II apresenta uma direção eficiente, mas apenas comum, e uma estória que se assemelha demais ao que já foi contado em Rocky IV (1985). O prólogo antes do título do filme nos leva para a Ucrânia, onde reencontramos Ivan Drago (novamente interpretado por Dolph Lundgren). Ele é o lutador soviético que matou Apollo Creed, pai de Adonis Creed (Michael B. Jordan), no ringue nos anos 1980, e que foi depois derrotado por Rocky (Sylvester Stallone). Essa derrota levou Drago ao ostracismo, perdendo fama e até a mulher Ludmilla (Brigitte Nielsen de volta ao papel). Agora, Drago treina seu filho Viktor (Florian Munteanu) para desafiar Adonis e reconquistar o que perdeu.

E Adonis está em ascensão. Ganha o título mundial e, ainda, sua namorada, a cantora Bianca (Tessa Thompson), consegue assinar uma gravadora. Para completar a alegria, ela está grávida. Com a autoestima em alta, Adonis aceita o desafio de Viktor Drago, mas sem o apoio de Rocky, que não aceita treiná-lo para essa luta. Seu pupilo sobe no ringue sem antes considerar que o gigantesco Viktor é muito mais forte e determinado, erro que pode lhe custar a vida.

Direção

O diretor Steven Caple Jr. recorre novamente às colagens de planos variados para mostrar o treinamento de Adonis, desta vez num árido deserto. Esse recurso funcionou em Creed, que era carregado de nostalgia. Mas, desta vez, essa e outras revisitações do passado começam a cansar. Em termos de direção, talvez a única sequência que merece algum destaque é aquela na parte inicial, na primeira aparição de Rocky. Adonis está nos bastidores de uma luta, e, de repente, ouvimos a voz do treinador Rocky, sem o vê-lo na tela. Acreditamos até que é o homem que está de costas, no fundo, arrumando as roupas do vestiário. Mas, logo descobrimos que Rocky está bem próximo, ao lado de Adonis, e essa proximidade nos mostra o quão ligados os dois estão.

Contudo, apesar de nenhuma outra sequência merecer um destaque especial, Creed II emociona, principalmente nas cenas de lutas. É difícil o espectador não torcer por Adonis e se envolver na luta. Aliás, um resultado já obtido antes nos demais filmes da franquia Rocky e, também, em outros longas sobre boxe, como O Campeão (1976) de Franco Zeffirelli.

Essa empatia é uma prova da força dos personagens criados por Sylvester Stallone na franquia. Torcíamos não só pelo protagonista, mas também pelos coadjuvantes como sua esposa Adrian, seu treinador Mickey, seu amigo Apollo, seu cunhado Paulie, etc. Da mesma forma,  Ryan Coogler conseguiu repetir o efeito com Bianca e o próprio Rocky.

Enfim, Creed II não alcança o mesmo patamar de seu antecessor, mas emociona e pavimenta a trilha para uma nova sequência. Afinal, em um dos próximos filmes, Rocky com certeza morrerá. Então, Adonis Creed precisará se mostrar forte o suficiente para seguir seu caminho solo nas telas.


Onde assistir:
Creed II (filme)
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