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Dog - A Aventura de Uma Vida (filme)
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Dog – A Aventura de Uma Vida

Avaliação:
5/10

5/10

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Crítica | Ficha técnica

O trailer de Dog – A Aventura de Uma Vida tenta vender o filme como se fosse uma comédia. Aliás, daquelas para se assistir junto com a família. Mas, está longe de ser isso. Embora seja uma história de amizade entre um homem e uma cachorra, a história é um drama pesado sobre os traumas de ex-combatentes que não conseguem, por isso, se adaptar à vida civil.

Na verdade, o trailer não tem culpa. Acontece que o próprio filme não consegue achar o seu tom. É uma fraca estreia na direção dupla do protagonista do filme, o astro Channing Tatum, e de Reid Carolin, que produziu muitos dos filmes do ator.

O enredo pede por uma abordagem dramática, mas a primeira hora do longa insiste em buscar a comédia. Quando isso se resume a uma ou outra fala do diálogo, até que esse problema não se sobressalta, até ajuda como um alívio cômico. Mas quando busca um humor besteirol numa sequência inteira, a coisa fica embaraçosamente sem graça. É o caso da cena, presente no trailer, em que Tatum finge ser cego para conseguir um quarto de graça num hotel de luxo.

Uma jornada de readaptação

Dog – A Aventura de Uma Vida melhora quando se assume como um drama. E isso acontece a partir da cena em que a cachorra, chamada simplesmente de Dog, encontra o seu irmão, que também possuía os mesmos distúrbios comportamentais após voltar da guerra, mas agora se curou. Na conversa entre o dono desse cachorro com Jackson Briggs (Tatum), temos o pico dramático. Ambos são veteranos de guerra, mas Briggs continua lutando contra seus traumas, enquanto o colega consegue tocar sua vida com sua família. O paralelo com seus cães se destaca, e reforça a mudança que tanto Briggs como Dog precisam passar até o final dessa jornada. Então, desse ponto em diante, sem piadas para atrapalhar o clima, o filme mostra os dois se ajudando nessa missão.

Além disso, a primeira hora do filme mostra Briggs como um daqueles veteranos que querem compensar o trauma dando carteiradas. Por isso, ofende o policial militar que é “apenas” o guarda da portaria (atitude que terá seu contraponto no final, simbolizando seu amadurecimento). Ou seja, ele é um personagem antipático para o espectador, que por isso se aborrece sem ter um “herói” por quem torcer, ainda mais assistindo a situações cômicas sem a menor graça.

Reforçando o argumento que o viés dramático tem mais impacto nessa trama, é difícil não nos sensibilizar com a cena que mostra o quanto Briggs sofre com a crise de zumbidos, que são efeitos dos danos cerebrais que a guerra lhe provocou. Essa situação acontece em um quarto de um hotel barato de beira de estrada, à noite, com o protagonista contanto apenas com Dog para o apoiar. Era essa a pegada que o filme precisava desde o início.


Dog - A Aventura de Uma Vida (filme)
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