Emma Mackey e Romain Duris em "Eiffel"
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Eiffel

Avaliação:
6/10

6/10

Crítica | Ficha técnica

Como filme histórico, Eiffel traz poucas novidades. Revela quanta polêmica a construção do famoso monumento francês provocou na época, pois muitos parisienses o consideravam feio, e temiam que sua gigante estrutura metálica de 300 metros de altura pudesse desabar. Além das críticas da população, o projeto enfrentou entraves burocráticos, desde sua aprovação até uma greve dos trabalhadores e as incertezas dos financiadores. A construção passou por momentos tensos, como problemas com as águas do Rio Sena. Contudo, a execução foi no geral um exemplo de eficiência, e a torre foi erguida em apenas dois anos.

Diante disso, restou ao diretor Martin Bourboulon poucas oportunidades para gerar emoção com tal história. A única cena de suspense surge quando chega o momento em que os quatro pilares da base precisam se encaixar perfeitamente.

A construção de um romance

Então, para suprir a falta de emoção, o roteiro aposta no romance que Gustave Eiffel (Romain Duris) teve (ou não, é mais ficção do que fato) com Adrienne Bourgès (Emma Mackey). Ela é uma ex-namorada dele que há 20 anos sumiu repentinamente de sua vida. O reencontro, por acaso, na época do projeto da torre em Paris, desperta a paixão ainda não esquecida. Apesar de Adrienne estar casada, os dois voltam a se relacionar. Aos poucos, em meio a flashbacks, o filme mostra Eiffel descobrindo qual foi o motivo da separação, um evento trágico e não motivado por ela. Mas, como toda boa história romântica, um novo obstáculo pode novamente impedir o amor entre eles.

A trama romântica é justamente o que o filme traz de mais empolgante. A narrativa segura a revelação do passado dos amantes pelo tempo suficiente para instigar o espectador, que fica cada vez mais curioso por saber o que aconteceu entre eles. Mas, boa parcela da força dessa linha do enredo brota da presença magnética da atriz francesa Emma Mackey. Revelação da série Sex Education (2019-2023), teve ascensão rápida. Depois de Eiffel, ela foi uma das protagonistas em Morte no Nilo (2022), a personagem principal em Emily (2022), e uma das Barbies no filme de Greta Gerwig.

Quanto ao diretor Martin Bourboulon, seus filmes seguintes – a duologia Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan (2023) e Os Três Mosqueteiros: Milady (2023), nos quais contou novamente com o ator Romain Duris – demonstram sua dificuldade em filmar cenas emocionantes, provando as suspeitas levantadas em Eiffel.

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Ficha técnica:

Eiffel | 2021 | 108 min. | França, Bélgica, Alemanha | Direção: Martin Bourboulon | Roteiro: Caroline Bongrand | Elenco: Romain Duris, Emma Mackey, Pierre Deladonchamps, Armande Boulanger, Bruno Raffaelli, Alexandre Steiger.

Onde assistir:
Emma Mackey e Romain Duris em "Eiffel"
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