“Blade Runner 2049” é o destaque dessa semana de estreias muito fracas no cinema. O emblemático filme de Riddley Scott recebe uma sequência dirigida por Denis Villeneuve, responsável pela elogiada sci-fi “A Chegada”. Scott agora assume apenas o papel de produtor executivo e, sim, Harrison Ford retoma seu personagem Deckard, mas o protagonista é Ryan Gosling, contando ainda com Robin Wright e Jared Leto no elenco. A expectativa é grande, assim como os riscos assumidos.
Os demais debuts não animam muito. “My Little Pony” ganha sua versão para o cinema, indicado apenas para as meninas fãs do desenho da TV. Outro desenho, este nostálgico, também gerou um longa. É “Pica Pau”, o endiabrado pássaro vermelho criado por Walter Lantz. Mas o trailer é suficiente para desencorajar uma visita, porque a produção é um live action (filme com atores reais) com interação com o personagem gerado por computador, mas com resultado muito longe das características do desenho de Lantz.
O cinema nacional está representado pela comédia “Chocante”, sobre homens de meia idade que decidem retomar um grupo no estilo Menudos que eles montaram na adolescência.
Dois filmes franceses estreiam, sem despertar muito interesse. “Rock’n Roll: Por Trás da Fama”, com Guillaume Canet e Marion Cotillard, tem o tolo argumento de um ator que envelhece e quer ser mais “rock’n’roll” (esta é a grafia correta) para aparentar jovialidade. “O Melhor Professor da Minha Vida” pode até emocionar, mas traz a batida estória do professor que vai trabalhar em uma escola com alunos problemáticos e precisa transformá-los em pessoas melhores.
Por fim, a biografia de “Churchill”, produzida pelo Reino Unido, talvez seja a melhor opção após “Blade Runner 2049”, pelo menos para se conhecer um pouco mais desse personagem marcante do século passado.