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Eu Sou Ingrid Bergman (filme)
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Eu Sou Ingrid Bergman

Avaliação:
8/10

8/10

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Crítica | Ficha técnica

O documentário Eu Sou Ingrid Bergman alcança um grau de intimidade raro em biografias de celebridades que já não estão mais vivas. Para isso, contou com acesso a cartas, diários e depoimentos de seus filhos e amigos. Além disso, a atriz mantinha o hobby de filmar tudo, o que permitiu ao diretor do filme, Stig Björkman, ilustrar seus relatos com imagens correspondentes ao contexto.

Em paralelo, Björkman ainda teve a ótima ideia de contratar a atriz sueca Alicia Vikander para interpretar a voz de Ingrid Bergman nas narrações pessoais de seu diário e de suas cartas. Com isso, parece que ouvimos a própria biografada relatando as passagens marcantes de sua vida. E o filme começa com uma de suas fases mais difíceis, no ano de 1929, quando ela, que já era órfã de mãe, perdeu o pai, sua melhor amiga e parentes. Depois, no filme, ela explica que ela sempre valorizava bastante as fotografias, pois elas foram essenciais para preservar suas lembranças dessas pessoas.

A carreira de atriz

Eu Sou Ingrid Bergman é muito rico também em material de bastidores dos filmes em que a atriz sueca trabalhou. A pesquisa foi tão minuciosa que até trouxe um pequeno trecho da primeira aparição na tela, numa rápida aparição como figurante em Landskamp (1932). Mas, a carreira na Suécia ocupa pouco tempo no filme, e destaca seus sucessos Intermezzo: Uma História de Amor (1936) e Dollar (1938).

Então, em 1939, ela conquista seu sonho de filmar em Hollywood. A convite de David O. Selznick, ela protagoniza a versão americana de Intermezzo: Uma História de Amor. E, isso, logo após ter dado à luz a Pia, sua primeira filha. Era o sinal de um traço marcante de sua personalidade. Por trás de sua beleza clássica, havia uma mulher à frente de seu tempo, que não deixava nada interferir nos seus objetivos.

À frente de seu tempo

Por isso, quando já era uma celebridade nos EUA, tendo estrelado Casablanca (1942) e vencido um Oscar por À Meia Luz (1944), ela causou escândalo por iniciar um caso com o diretor Roberto Rossellini, durante as filmagens de Stromboli (1950). Para a conservadora sociedade americana, era um ultraje uma mulher, com uma filha pequena, trair seu marido. Mal sabiam que ela já o havia traído antes, com o fotógrafo Robert Capa, como o filme revela.

Então, com as portas dos estúdios fechadas para ela, Ingrid Bergman precisa fixar residência na Itália, onde continua sua carreira. Após se casar com o diretor italiano, ela tem três filhos, uma delas a futura atriz Isabella Rossellini. Depois, ela se casaria novamente, com o produtor teatral sueco Lars Schmidt.

Por sempre perseguir suas metas, Ingrid Bergman ficava longe dos seus filhos por muito tempo. Apesar disso, os filhos contam que, quando presente, ela era uma mãe tão divertida e entusiasmada que eles não guardam nenhuma mágoa dela. E, ela permaneceu forte até o fim, por isso, foi atrás e conseguiu trabalhar com o diretor Ingmar Bergman, em Sonata de Outono (1978), seu penúltimo filme.

Sem deixar de abordar a carreira de atriz, Eu Sou Ingrid Bergman consegue trazer para o espectador esse lado íntimo da mulher forte que ela sempre foi.  


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