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Festival Eurovision da Canção (filme)
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Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Menos grosseiro do que o habitual, Will Ferrell acerta no tom de Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars. E consegue arrancar muitas gargalhadas nesta comédia musical.

A estória

Na trama, a Islândia tem grandes chances de vencer a edição deste ano da competição Eurovision Song Contest, que existe de verdade, desde 1956. O grande trunfo do país é a talentosa cantora Katiana Lindsdóttir, pequeno papel interpretado por Demi Lovato. Porém, Victor Karlosson, um dos membros do comitê organizador islandês não quer essa vitória. Ele está preocupado porque o país vencedor sediará a edição do ano seguinte, e a Islândia não tem condições financeiras para isso.

Para isso, Victor irá até as últimas consequências para evitar que Islândia vença a competição. Primeiro, seleciona aleatoriamente o último artista inscrito para completar a lista de concorrentes do país. E, a escolha cai sobre o Fire Saga, da dupla Lars Erickssong e Sigrit Ericksdóttir, papéis de Will Ferrell e Rachel McAdams. Depois, explode o barco onde acontecia uma festa com todos os selecionados da Islândia, exceto o Fire Saga.

Dessa forma, Lars e Sigrit viajam para Edinburgh, na Escócia, para representar a Islândia no Eurovision Song Contest. Porém, a apresentação deles é um desastre, pois acontece um acidente mirabolante no palco super produzido. Por isso, a dupla entra em atrito. E Sigrit resolve se apresentar sozinha na grande final.

Comédia escrachada

A trama é bem rocambolesca, mas os absurdos devem ser relevados porque se trata de uma comédia escrachada. Aliás, isso fica claro ao apelar até para um elfo assassino em um momento crucial da estória. E, inclusive, Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars faz muita graça com alguns clichês do cinema. Por exemplo, o fantasma que avisa Lars do perigo quando já é tarde demais e a agressão do mesmo Lars ao oponente russo por ciúmes.

Lars e Sigrit são engraçados por serem ridiculamente infantilizados. Eles não amadureceram porque sonham vencer a competição europeia. Até mesmo em suas sexualidades eles são imaturos. Apesar de se amarem, eles ainda nem namoram, pois parecem duas crianças.

Quanto ao talento musical, este ficou subdesenvolvido porque eles se mantiveram em sua cidadezinha pequena. Daí, apresentando sempre as mesmas canções bobas que os amigos querem ouvir. Então, ao irem ao Eurovision Song Contest, a convivência com o meio artístico os liberará para explorarem melhor seus talentos.

Direção, roteiro e elenco

O roteiro de Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars tem autoria de dois membros do programa humorístico Saturday Night Live. Um deles é o próprio Will Ferrell. E o outro é Andrew Steele, roteirista na ativa desde 1990. Já na direção, está David Dobkin, uma boa escolha porque, além de diretor de comédias como Penetras Bons de Bico (2005), ele também dirigiu clipes musicais, principalmente do Maroon 5.

A reunião desses três talentos deu origem a uma comédia menos grosseira do que o habitual de Will Ferrell. Seu humor faz estrondoso sucesso nos EUA, nos programas de TV e filmes como Tudo Por Um Furo (2013), que, por aqui, passam desapercebidos.

Ao contrário de Jerry Lewis, ele faz o tipo que se comporta mal, e provoca o ódio dos espectadores. Por isso, a ingenuidade de seu personagem Lars em Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars não desperta a piedade do público, nem mesmo quando tudo dá errado. E isso resulta mais da sua personalidade própria e não do personagem, porque o Lars do filme não é uma pessoa má.

Por outro lado, o estilo maluco da comédia de Will Ferrell ganha um contraponto ideal em Rachel McAdams. Afinal, a atriz costuma fazer papéis sérios em sua carreira, com uma ou outra comédia, como A Noite do Jogo (2018) e Meninas Malvadas (2004). De fato, ela é a responsável pelos momentos sentimentais de Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars.

Enfim, com a garantia do equilíbrio entre a dupla central, o filme acerta em suas partes cômicas, e, também nos poucos trechos sérios. Aliás, é difícil conter as gargalhadas na trágica apresentação nas semifinais da competição. Desta vez, Will Ferrell acertou.      


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