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Free Guy: Assumindo o Controle (filme)
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Free Guy: Assumindo o Controle

Avaliação:
6/10

6/10

Crítica | Ficha técnica

Free Guy: Assumindo o Controle entra fácil no Top 10 dos filmes para gamers.

A trama se destaca pela interessante variação da muito utilizada ideia da Inteligência Artificial que ganha vontade própria, presente no clássico 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968) e em tantos outros filmes posteriores. Inspira-se, também, em Tron: Uma Odisseia Eletrônica (1982), por permitir uma visão de dentro de um videogame, com personagens interagindo com a realidade sem limites desse mundo criado por programadores. Além disso, a história traz um pouco do looping de Feitiço do Tempo (Groundhog Day, 1993), já que o protagonista Guy (Ryan Reynolds) é um dos habitantes do mundo virtual do jogo chamado Free City. Guy repete as mesmas rotinas todos os dias porque é um NPC (que significa Non-Player Character, ou “Personagem Não-Jogador). Ou seja, um robô que repete o comando da programação, e não um avatar de alguma pessoa que está jogando o game.

Pois Guy é o cara (!) que ganha vida própria ao cruzar com Molotovgirl, o avatar de Millie (Jodie Comer, de O Último Duelo), criadora do jogo juntamente com o amigo Keys (Joe Keery, de Stranger Things). Então, ao agir por conta dentro do jogo, Guy vira notícia, que viraliza entre os aficionados, com ajuda dos youtubers que logo disseminam a novidade. Surge o mistério se ele é um jogador muito habilidoso, um bug ou um NPC diferenciado criado pela empresa que fabrica o game. O que aumenta o interesse é o fato de ele não ser violento. E a mensagem a favor do desarmamento perdura até o final do filme, o que mostra que é uma preocupação dos realizadores a respeito do universo gamer. Nesse sentido, o novo game que surge na conclusão é uma versão politicamente correta.

Briga pelo controle

Do lado de fora do game, os criadores Millie e Keys, que venderam o Free City para o empresário inescrupuloso Antwan (Taika Waititi, de Jojo Rabbit), descobrem que o jogo será descontinuado em dois dias. Então, tentam intervir para que isso não aconteça, inclusive porque significaria a morte de Guy, e de todo o projeto que eles imaginaram. Nesse ponto, o filme explora um lado pouco abordado em relação aos empreendedores de sucesso, que é o fator sentimental em relação ao que desenvolveram sozinhos antes de vender a um investidor.

De Grand Theft Auto a Fortnite, passando por várias outras referências do mundo dos games, Free Guy é repleto de easter eggs. Os fãs, com certeza, se divertirão identificando-os. Porém, para quem não é gamer, o filme tem um impacto menor.

O seu diretor, Shawn Levy, é também um produtor muito experiente. Por isso, ele costuma escolher projetos com alto potencial de sucesso de público. De fato, entre seus trabalhos como diretor estão Doze é Demais (Cheaper by the Dozen, 2003), com Steve Martin, Uma Noite no Museu (Night at the Museum, 2006) e suas sequências de 2009 e 2014. Em seu mais recente longa, uma produção da Netflix, dirigiu O Projeto Adam (The Adam Project, 2022), novamente com Ryan Reynolds. Contudo, atrás das câmeras, ele está mais para um diretor competente do que um diretor talentoso.

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Ficha técnica:

Free Guy: Assumindo o Conrole | 2021 | EUA, Canadá | 1h55min | Direção: Shawn Levy | Roteiro: Matt Lieberman, Zack Penn | Elenco: Ryan Reynolds, Jodie Comer, Taika Waititi, Lil Rel Howery, Joe Keery, Utkarsh Ambudkar, Aaron W Reed, Britne Oldford, Camille Kostek, Channing Tatum.

Distribuição: 20th Century Studios Brasil .

Trailer:
Onde assistir "Free Guy":
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