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Fuga de Los Angeles
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Fuga de Los Angeles

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

Fuga de Los Angeles é a sequência decepcionante de Fuga de Nova York (1981), também dirigida por John Carpenter. A premissa do filme, porém, prometia.

O prólogo do filme explica que, no ano 2000, um terremoto separou a região da Grande Los Angeles do continente americano, transformando-a numa grande ilha. Como a violência se tornou caótica no país, o governo dos EUA aproveita para isolar Los Angeles e transformá-la em uma terra de deportados.

A ação se passa em 2013, com a chegada do protagonista de Fuga de Nova York, Snake Plissken (Kurt Russell), à isolada Los Angeles. Ele não é um simples deportado. Está lá porque o presidente dos EUA, interpretado por Cliff Robertson, quer que ele recupere uma caixa preta que a própria filha roubou e entregou para o líder revolucionário peruano Cuervo Jones. Snake Plissken é forçado a aceitar essa missão porque o governo injetou um vírus mortal em seu corpo, e ele só receberá o antídoto ao trazer a caixa preta. Porém, vários desafios o aguardam na paisagem apocalíptica de Los Angeles.

Um filme de aventura

Desta vez, John Carpenter deixa de lado o terror e mergulha no filme de aventura, em um cenário de ficção científica. O ritmo é acelerado, com o herói enfrentando um obstáculo atrás do outro para atingir o seu objetivo. Snake Plissken ganha alguns parceiros temporários durante a jornada, mas ele é individualista demais. A sua única inspiração para lutar é a sua própria sobrevivência, nada mais importa, seja o país, a justiça ou a vida dos outros. Assim, fica difícil torcer por esse anti-herói.

Fuga de Los Angeles possui efeitos visuais e especiais muito pobres, que não refletem o orçamento de 50 milhões de dólares (estimados pelo site IMDb). Os figurinos são legais, mas os cenários parecem de filmes B. É possível notar que houve preocupação com o que aparece em primeiro plano na tela, mas John Carpenter utilizou planos muito abertos e com profundidade, que deixam visíveis os defeitos do desenho de produção.

Pouca ação

A história fica cansativa logo depois da primeira parte, depois que somos apresentados à trama e ao ambiente caótico dessa nova Los Angeles. Depois que Snake Plissken desembarca na ilha, de tempos em tempos ele conhece um novo personagem secundário. Há vários nomes famosos no elenco, e o filme parece sentir a necessidade de incluí-los todos no roteiro. Então, alguns deles aparecem apenas por alguns minutos, como Peter Fonda, Bruce Campbell e Pam Grier. Outros poderiam se tornar interessantes coadjuvantes, mas somem cedo demais – por exemplo, a Taslima interpretada por Valeria Golino. Enquanto isso, o irritante Eddie “Mapa das Estrelas” de Steve Buscemi surge e ressurge a toda hora.

E como filme de aventura, Fuga de Los Angeles entrega poucas cenas de lutas. E o confronto final desaponta, mostrando os personagens correndo e atirando para todo lado, sem nenhuma luta corporal.

Fuga de Los Angeles está na lista das sequências que nunca deviam ter sido filmadas.

 

Fuga de Los Angeles
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