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Fúria Sanguinária (filme)
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Fúria Sanguinária

Avaliação:
8/10

8/10

Crítica | Ficha técnica

Fúria Sanguinária apresenta um dos gangsters mais explosivos do cinema, Cody Jarrett, interpretado por James Cagney. Cody é um perigoso líder de uma quadrilha de bandidos, um psicótico que venera a sua mãe, mas mata as pessoas a sangue frio.

O novaiorquino Raoul Walsh, especialista em filmes de ação, dirige Fúria Sanguinária com sua habitual precisão. Já na sequência inicial, ele nos introduz rapidamente ao protagonista do filme, que é o gangster Cody. Descobrimos que esse bandido é audacioso, pois realiza um desafiador assalto a um trem em movimento. Além disso, conhecemos sua frieza ao matar os maquinistas quando descobre que eles sabem o seu nome. Em seguida, numa casa onde se refugiam, fica evidente sua reverência à sua mãe, Ma Jarrett. Ao mesmo tempo, o filme revela a sua mulher Verna (Virginia Mayo), que não é nada confiável. De fato, logo percebemos que Verna o trai com um dos membros de sua quadrilha.

Apesar de ser louco, Cody é muito esperto. Por isso, ao perceber que pode ser condenado pelo roubo ao trem, se antecipa e confessa um crime menor, que nem cometeu. Dessa forma, ele vai para a prisão por uma pena de apenas três anos. Porém, os policiais descobrem sua artimanha, e então infiltram o agente Hank Fallon disfarçado como Vic Pardo, colega de cela de Cody. Sua missão é descobrir onde ele esconde a fortuna que roubou do trem.

O ritmo ágil de Raoul Walsh

A concisão do diretor Raoul Walsh permeia todo o filme, e o torna muito ágil, sem momentos mortos. Além disso, ainda cabe alguns toques sutis para transmitir a narrativa. Por exemplo, quando há uma dissolução da imagem de Cody e de sua mãe, na transição entre duas cenas, passando a ideia da dependência do vilão pela mãe. Este é um dos aspectos importantes, ou talvez até a origem, da mente perturbada desse cruel gangster.

No clímax final, num momento extremamente emocionante, Cody perde totalmente sua sanidade. No topo de um tanque em uma refinaria, ele grita uma das frases mais marcantes do cinema: “Made it, Ma! Top of the world!” (tradução: “Eu consegui, mãe! Topo do mundo!”). A fala extrapola sua ganância, alimentada pela sua mãe, agora já morta, bem como o fato de ele, fisicamente, estar no topo de um enorme tanque de combustível. Acuado pela polícia, ele mesmo atira no tanque, que explode, encerrando assim o filme.

Apesar de Cody ser o protagonista, ele é um personagem tão cruel que não atrai a empatia do espectador. Seria possível transferir essa função para o policial infiltrado, mas este tão pouco desperta esse sentimento, pois é um personagem que precisa mentir para cumprir sua missão. Como resultado, Fúria Sanguinária coloca o público num ponto de vista de observador, sem dúvida julgador e moralista, que torce pela punição desse bandido impiedoso.

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Ficha técnica:

Fúria Sanguinária (White Heat) 1949. EUA. 114 min. Direção: Raoul Walsh. Roteiro: Ivan Goff, Ben Roberts. Elenco: James Cagney, Virginia Mayo, Edmond O’Brien, Margaret Wycherly, Steve Cochran, John Archer, Wally Cassell, Fred Clark.

Onde assistir:
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