Apesar de ser um bom filme, Homem-Aranha 3 é com certeza o mais fraco entre os três dirigidos por Sam Raimi.
Mesmo assim, nele há ótimos momentos, como a caracterização do Peter Parker mau. Por sua autoconfiança exacerbada, oposto total do Peter Parker verdadeiro, ele se torna cool. Afinal, um grande sedutor tem que ser ousado. Aliás, os fãs de HQs se sentirão em casa ao se deparar com esse Peter mau – uma franja alongada e olheiras bastam para tal efeito. Outro bom momento é a eterna dualidade do amigo/inimigo Harry Osborne, sempre vulnerável a influências externas.
Homem-Areia
Mas, enfim, o que tira a magia do filme, primeiro, é que o Homem-Areia não está como nos acostumamos a ver nos gibis. Todos esperavam vê-lo dando porradas com seu braço transformado em um martelo gigante de areia, mas o que vemos é o próprio Homem-Areia com 10 metros de areia. Além disso, o que atrapalha, também, é o enfoque exagerado na motivação do vilão, a doença da sua filha, procurando transformá-lo em uma figura empática.
Contudo, o pior defeito do filme O Homem-Aranha 3 reside nas constantes lutas do Homem-Aranha sem seu uniforme, ou com parte da máscara rasgada. A criação de Stan Lee (que faz uma aparição no filme) é uma figura mítica, e seus seguidores querem vê-lo como o sempre imaginam: com seu inimitável uniforme. De fato, Peter Parker lutando não tem o mesmo efeito que se fosse o herói vestido como tal. Com mito, não se inventa.
Por fim, fica uma boa surpresa para os aficionados dessa que é a melhor série de filmes sobre super-heróis que o cinema conseguiu reproduzir a partir das HQs. Nesse terceiro filme, aparece o Dr. Connors, como o professor de Peter e, já se pode adivinhar quem é o vilão do próximo longa-metragem do aracnídeo. Para os fãs das revistinhas, o Lagarto sempre foi um dos mais incríveis opositores do Homem-Aranha. Então, só de imaginá-lo nas telas já é entusiasmante. Que venha logo o quarto filme!
