Os filmes do Homem de Ferro conseguiram superar a trilogia do Homem Aranha de Sam Raimi como a melhor versão de super-herói nos cinemas atualmente. Além de contar com magistrais efeitos especiais que fazem o personagem se tornar real e não criado por computador, Homem de Ferro 3 ganha pontos pela caracterização do homem por trás da fantasia.
A escolha de Robert Downey Jr para viver Tony Stark foi perfeita e fez toda a diferença. Com ele, a versão humana do herói conseguiu se tornar mais interessante do que era nas histórias em quadrinhos. Tony Stark ganhou personalidade egomaníaca, simpaticamente arrogante. Enfim, o milionário ganhou vida.
Homem de Ferro só tem um
Um grande erro das partes anteriores desta trilogia foi colocar outras pessoas usando a armadura do Homem de Ferro, dando a incômoda sensação de que o herói não era o homem, mas a máquina. A impressão era de que qualquer um podia ser o Homem de Ferro, desde que entrasse em sua armadura. Homem de Ferro 3 conseguiu fugir disso ao colocar o Coronel James Rhodes (Don Cheadle) vestindo uma armadura diferente do herói principal, mantendo intacta a ideia de que só Tony Stark pode ser o verdadeiro Homem de Ferro. Afinal, não se trata de Robocop.
Outro ponto interessante no filme foi a solução para a personificação do grande vilão. Na verdade, ele é apenas um ator usado para assustar o mundo. Afinal, é uma boa sacada que deixa o espectador com a pulga atrás da orelha, desconfiando se isso não acontece na vida real.
Por outro lado, ação não falta, é abundante e em cenas muito bem filmadas, ou criadas, já que grande parte é computadorizada. Já o drama fica por conta do risco fatal que corre a amada de Tony Stark (Gwyneth Paltrow), que participa de forma surpreendentemente violenta na estória.
Em suma, ponto a favor para o diretor quase estreante Shane Black, que dirigiu Beijos e Tiros (2005), que também contava com Robert Downey Jr.