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Joe Kidd (filme)
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Joe Kidd

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

Quando rodou Joe Kidd, o diretor John Sturges já estava na reta final de sua carreira. Ele fez seu primeiro filme em 1946, e realizaria apenas mais três, antes de se aposentar em 1976. Embora tenha dirigido faroestes memoráveis, entre eles, Sete Homens e um Destino (The Magnificent Seven, 1960), Sturges já aparentava frouxidão.

Os três fortes personagens principais, vividos por Clint Eastwood, Robert Duvall e John Saxon, parecem perdidos, mal definidos. Com isso, o roteiro se torna inconsistente.

Os três homens sem destino

Eastwood vive Joe Kidd, um caçador de recompensas averso a autoridades. Condenado à prisão por 10 dias em Sinola County, ele resolve não interferir quando Luis Chama (Saxon) e seus homens invadem o tribunal para reclamar o direito dos mexicanos às suas terras tomadas pelos ingleses. Mas o latifundiário Frank Harlan (Duvall) o contrata para capturar Chama, e ele aceita depois que o líder bandoleiro ataca seus amigos.

Joe Kidd é um anti-herói. Quando confronta sozinho o vilão Harlan, atira nele a sangue-frio, antes que ele esboce qualquer tentativa de agressão. Além disso, desfere um forte soco no rosto do xerife. Nesses momentos, Clint Eastwood se aproxima de seu outro personagem, o Dirty Harry, de Perseguidor Implacável (1971).

O que incomoda é que Joe Kidd vive mudando de lado, ora ajudando Harlan, ora salvando Chama. Até mesmo o acordo para que Chama se entregue ao xerife para ser justamente julgado soa pouco convincente. Afinal, Chama é um revolucionário, e Kidd detesta autoridades.

Na verdade, o próprio Chama também é um personagem mal construído. Se este fosse um faroeste revisionista, e poderia ser, pois foi realizado nos anos 1970, ele seria o porta-bandeira da luta contra a injustiça que sofreram os antigos pequenos proprietários mexicanos das terras tomadas pelos EUA. A princípio, parece que o filme tomará esse partido, mas logo Chama ganha o status de arruaceiro, pois rouba cavalos de outros pequenos proprietários e não defende aqueles que Harlan toma como reféns.

O único desses protagonistas que mantém sua posição de vilão é Harlan. Acreditando que seu dinheiro pode comprar tudo, ele quer mandar em todos, inclusive no xerife. Porém, se defronta com um osso duro de roer quando encontra Joe Kidd.

Um faroeste menor

O filme traz algumas cenas de tiroteio interessantes. Em especial, aquele em que Joe Kidd pacientemente prepara um rifle de longo alcance para depois atirar no inimigo que está no topo de uma montanha. Outro momento memorável é a invasão de um saloon com uma locomotiva.

Mas é um faroeste menor, tanto para Eastwood como para Sturges.


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