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Jogo Perigoso (filme)
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Jogo Perigoso

Avaliação:
5/10

5/10

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Crítica | Ficha técnica

Filmes de suspense baseados em livro de Stephen King sempre chamam a atenção. Mas na maior parte dos casos eles decepcionam. Jogo Perigoso (Gerald’s Game) até que é razoável. Conta com a direção do especialista no gênero Mike Flanagan, que depois faria Doutor Sono (Doctor Sleep, 2019), a sequência de O Iluminado (The Shining, 1980). Por um lado, Flanagan consegue resolver uma questão difícil de levar para as telas. Mas, por outro, desperdiça um detalhe que tinha potencial para ser assustador.

A premissa é instigante. Um casal decide passar um fim de semana isolado em uma casa no interior para reaquecer a relação. Com esse intuito, o marido Gerald (Bruce Greenwood) leva algemas para o local e com elas prende as mãos da esposa Jessie (Carla Gugino) na cabeceira da cama. A mulher não gosta desse jogo sadomasoquista, e os dois discutem. Então, Gerald sofre um infarto e cai morto. Agora ela está sozinha, sem poder sair da cama por causa das algemas.

Os efeitos e uma surpresa

O primeiro efeito dessa situação desesperadora é psicológico. Nesse ponto se encontra a dificuldade de se filmar o que Stephen King escreveu, como comentei acima. Existe uma ameaça real, um cachorro grande que está perdido nas redondezas e, faminto, começa a comer a carne do marido morto. Mas junto com isso surgem alucinações. Jessie vê o marido, e conversa com ele. Mais para a frente, vê também ela mesmo, entrando nesse bate-papo que nada mais é do que uma inventiva forma de expor o que se passa na mente da protagonista. Assim, ela indaga o que pode fazer, quais as alternativas e os riscos para sair dessa cilada.

Mas essa solução criativa acaba cansando o espectador com tanta falação. Então, surge um flashback para que a narrativa saia dessa mesmice. O passado expõe o trauma de Jessie, um episódio de abuso sexual que, na narrativa, serve para explicar o esfriamento na cama com seu marido.

Já perto da conclusão, o filme foca na assombração que atormenta Jessie desde a noite em que ficou algemada na cama. Assim, acaba revelando sua real identidade. Na verdade, uma surpresa que poderia ter sido melhor utilizada para aumentar o suspense na trama. Suspense que faz falta, pois não há suficiente em Jogo Perigoso. Por isso, Mike Flanagan apela para chocar o público com doses altas de violência gráfica na cena em que Jessie se autoflagela. Nesse aspecto, se aproxima de Jogos Mortais (Saw, 2004), com a diferença de que aqui a própria vítima decide pela medida drástica. Porém, os fãs de Stephen King querem suspense e terror, não necessariamente gore.

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Ficha técnica:

Jogo Perigoso | Gerald’s Game | 2017 | 103 min | EUA | Direção: Mike Flanagan | Roteiro: Mike Flanagan, Jeff Howard | Elenco: Carla Gugino, Bruce Greenwood, Chiara Aurelia, Carel Struycken, Henry Thomas, Katie Siegel.

Distribuição: Netflix.

Onde assistir:
Jogo Perigoso (filme)
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