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Jumanji: Próxima Fase (filme)
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Jumanji: Próxima Fase

Avaliação:
7/10

7/10

Crítica | Ficha técnica

Jumanji: Próxima Fase aproveita a consolidação do universo de games para divertir o público com muita ação e comédia.

Essa sequência de Jumanji: Bem-Vindo à Selva (2017) resgata os mesmos atores e ainda acrescenta os veteranos Danny DeVito e Danny Glover, responsáveis pelo gancho sentimental da estória, e a estrela em ascensão Awkwafina, como uma nova avatar. A direção coube novamente a Jake Kasdan, filho de Lawrence Kasdan (nome por trás de alguns dos roteiros de Star Wars e Indiana Jones, entre outros).

O tema de Jumanji: Próxima Fase se tornou ainda mais relevante com o passar dos tempos, mais ainda do que na época do filme de 1995 com Robin Williams que adaptou o livro de Chris Van Allsburg. Como em TRON (1982/2010), a ideia envolve levar ao extremo a sensação de imersão que os vídeo games proporcionam, colocando as pessoas como se fossem personagens dos jogos, lutando não só por pontos, mas pela sobrevivência. E, hoje, o mercado de games ficou ainda mais forte e presente na vida das pessoas, principalmente, do público mais jovem.

O desafio dos criadores de Jumanji: Próxima Fase, e também dos filmes anteriores, é conseguir que o espectador se convença que os avatares possuem as características das pessoas reais. Essa é a graça do filme. Os personagens do jogo em si não existem, são apenas carcaças incorporadas pelos seus jogadores. Por isso, o filme dedica sua primeira parte a apresentar esses personagens reais.

A garotada é a mesma do filme anterior, então, basta retratar a situação atual deles, e dar uma pincelada em suas principais características ao público que não viu Jumanji: Bem-Vindo à Selva. E entram agora os personagens dos idosos que foram sócios no passado e agora estão brigados, que ganharão relevância como referência dramática.

Quem é cada personagem

Essa introdução é necessária, mas torna o filme lento, e posterga o início da ação, que acontece quando alguns deles entram no game. Cabe uma crítica sobre essa primeira parte, porque, apesar de necessária, é longa demais. A exibição no cinema ainda aceita esse ritmo, mas quando Jumanji: Próxima Faseestiver disponível em streaming, talvez esse começo leve ao espectador optar por desistir do filme ou adiantá-lo até a próxima parte. Como se trata de uma diversão leve, a opção por apresentar rapidamente, mesmo de forma caricata, seria totalmente aceitável.

Enfim, pelo menos o esforço vale a pena. Conseguimos facilmente identificar qual personagem assumiu qual avatar, principalmente pelos dois novos, interpretados por Danny DeVito e Danny Glover, que são os mais marcantes. Isso garante o envolvimento do público durante boa parte do filme.

Porém, a decisão de trocar os avatares na parte final de Jumanji: Próxima Faseprejudica essa intenção. O público fica um pouco perdido com essa mudança, já que havia incorporado quem era quem anteriormente. E, agora, entram também dois novos personagens que não estavam no game desde o começo da partida. Seria melhor que o filme tivesse mantido a mesma relação personagem/avatar do início ao fim.

Jumanji: Próxima Fase se beneficia de retratar um ambiente de um game, quanto à criação das aventuras de cada etapa do jogo. Os próprios cenários não precisam parecer realistas. Com essa liberdade, o filme traz várias sequências bem exageradas, como o balão gigantesco que se incendeia, e, a melhor delas, com pontes precárias móveis sobre um penhasco e ataque de um bando numeroso de mandris.

Portanto, Jumanji: Próxima Fase consegue divertir, tanto quanto o filme anterior, ou até  mais. Traz dois novos personagens interessantes e consegue, durante boa parte, manter o público consciente de quem incorporou em qual avatar. E usa bem a liberdade criativa que o tema permite. É daqueles filmes com muita ação que valem a pena ver na sala de cinema.


Onde assistir:
Jumanji: Próxima Fase (filme)
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