Em Magia ao Luar, o mágico profissional Stanley (Colin Firth) aceita a solicitação de seu amigo Howard (Simon McBurney) para desmascarar a jovem médium Sophie (Emma Stone), que está prestes a aplicar um golpe em uma rica família no interior da França.
Magia Ao Luar é mais um filme de Woody Allen rodado na Europa, desta vez na região francesa de Provença. Assim como os mais elogiados trabalhos desta fase – Ponto Final: Match Point (Match Point, 2005) e Meia-Noite Em Paris (Midnight In Paris, 2011) – o diretor está ausente das telas.
Além dos fãs de Woody Allen
Talvez seja um dos títulos mais acessíveis de sua carreira. Afinal, como desta vez o diretor não trabalha como ator, aqueles que não simpatizam com sua figura podem assisti-lo quase sem perceber que é um filme de Allen. O sarcasmo típico existe, mas em menor dose, na voz do personagem Stanley, o protagonista e alter-ego discreto do autor, principalmente quando provoca a vidente Sophie. Colin Firth, que o interpreta, encarregou-se de descaracterizar os tradicionais maneirismos de Woody Allen. Dessa forma, foge do padrão usado por outros atores em filmes anteriores.
De qualquer forma, como sempre, nota-se, sem esforço, a presença do intelectualismo de Allen. Ele está desde a música (jazz e clássica) a citações de autores (Nietzche, para variar).
No entanto, a história é a principal protagonista de Magia Ao Luar, como no caso de Match Point. Contudo, com um enredo muito mais simples, mas que não deixa de ter uma revelação surpresa.
E Colin Firth e Emma Stone, apesar da improvável combinação, funcionam bem juntos. Firth comprova seu crescimento como ator. E Stone consegue aqui uma atuação competente, ainda que carente de um charme maior.
Magia Ao Luar pode ser apenas mais um filme agradável para os fãs de Woody Allen. Mas, ao mesmo tempo, é um dos melhores para aqueles que não apreciam seu estilo.
