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Vingadores: Ultimato (filme)
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Vingadores: Ultimato

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Com Vingadores: Ultimato, chega ao fim a gigantesca saga dos Vingadores, a reunião de vários super-heróis da Marvel. Quatro filmes levam esse nome no título, começando com Os Vingadores de 2012. Porém, esse universo se expande por dezenas de outros dedicados aos personagens individualmente. Mas, que já colocavam lado a lado variados heróis.

A maior ansiedade para esse epílogo repousa em como o mundo viverá depois da devastação provocada por Thanos no filme anterior. Afinal, em Vingadores: Guerra Infinita (2018), o vilão matou metade da população de todo o universo, inclusive super-heróis do primeiro escalão. E depois da enorme espera com todos os cuidados para manter o roteiro em segredo, decepciona descobrir que uma produção de orçamento tão milionário (US$ 400 milhões!) recorra a uma solução óbvia e forçada. Ou seja, um batido deus ex machina capaz de resolver qualquer situação na trama que parece sem saída.

É claro que qualquer filme pode usar esse recurso com devidas variações nos detalhes. De fato, em Vingadores: Ultimato se ousa contrariar os conceitos habituais em relação ao tempo vistos no cinema. Por exemplo, em clássicos como De Volta Para o Futuro (1985) e Um Século em 43 Minutos (1979), que, inclusive, o filme cita.

Mais comédia

Reforça-se aqui o tom cômico. No entanto, o filme só arranca gargalhadas ao explorar a falta de inteligência e agora a decadência de Thor, que mais parece a figura desleixada de O Grande Lebowski (1998) do que um mitológico deus nórdico. Seus fãs talvez reclamem dessa abordagem, mas ela funciona muito bem em Vingadores: Ultimato, inclusive para lembrar que o filme não deve ser levado tão a sério.

Assim, esse epílogo se distancia do tom sombrio de Guerra Infinita. Este, perigosamente, aproximava as aventuras da Marvel às da rival DC Comics. E, a rival perdeu prestígio depois da trilogia dark de Cavaleiro das Trevas e, agora, busca mudar o tom com Shazam, lançado neste ano.

Ainda assim, mesmo sendo menos sombrio, Vingadores: Ultimato apresenta duas mortes importantes. A primeira, totalmente sem sentido, em busca de uma das pedras do infinito. Então, dois super-heróis encontram um guardião – uma caveira com capa negra esvoaçante – que declara que um deles deve morrer para que o outro pegue a pedra. Já a outra se justifica porque acontece durante uma grandiosa batalha.

Ação espalhada

Vingadores: Ultimato espalha doses de ação ao longo de suas três horas de duração. A melhor delas, como sempre, envolve o Capitão América, que empolga mais porque prefere lutas corpo a corpo. Desta vez, ele batalha contra um adversário com forças bem parelhas às suas.

E, não podia faltar o gigantesco combate final, com dezenas de super-heróis, apoiados por milhares de soldados, enfrentando uma legião de seres comandados por Thanos. Pelo menos, a longa sequência possui momentos de destaque. Principalmente, aqueles com o próprio Capitão América, com o Homem de Ferro, com o Homem-Formiga. Bem como, agora, com a poderosa Capitã Marvel, equivalente da Marvel ao Superman da DC.

Além disso, tem até aquele momento de empoderamento feminino, quando as super-heroínas se agrupam para enfrentar a turma de vilões. Porém, no geral, essa batalha final se assemelha demais ao que já vimos em Vingadores: Guerra Infinita. Inclusive, apresentando o mesmo defeito de permitir pouco tempo de exposição para cada super-herói, dada a vasta quantidade desses personagens.

Clima de despedida

Enfim, o clima é de despedida. Convenientemente, alguns personagens se despedem desse universo – com o provável aval, ou mesmo a pedido, dos atores que os interpretam. Por isso, há espaço para aparições rápidas de vários atores que fizeram parte dessa saga. Os mais jovens ainda retornarão às telas, mas em aventuras individuais ou com um ou outro parceiro super-herói. Nessa lista, podemos incluir Homem-Aranha, Pantera Negra e Capitã Marvel.

Então, o fechamento desse ciclo permite o momento mais sublime de Vingadores: Ultimato. Assim, a câmera flutua suavemente para perto de cada um dos super-heróis sobreviventes, supostamente representando a alma do super-herói morto que se despede de cada um dos seus companheiros. Por fim, para selar que tudo definitivamente acabou, os créditos finais não apresentam as tradicionais cenas extras.


Vingadores: Ultimato (filme)
Vingadores: Ultimato (filme)
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