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Missão: Marte (filme)
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Missão: Marte

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

Missão: Marte”: o filme que cancelou as missões de De Palma

O início de “Missão: Marte”, uma festa no quintal da casa de Luke Graham (Don Cheadle), com vários trechos filmados em travelling, parece indicar um filme dentro do estilo de Brian De Palma. A expectativa era de repetir o sucesso comercial de “Missão: Impossível” (Mission: Impossible, 1996), reunindo orçamento de megaprodução e um talentoso diretor. Por isso, como jogada de marketing, a distribuidora procurou lembrar o blockbuster com Tom Cruise no título brasileiro.  Mas, nada disso funcionou, e o filme fracassou nas bilheterias.

Além do prólogo promissor, “Missão: Marte” demonstra outros formalismos de De Palma. Por exemplo, a câmera entrando pela janela onde está Tim Robbins namorando, por volta dos vinte minutos de filme. O diretor, porém, está bem contido e a impressão que temos é que os produtores cercearam os seus maneirismos.

A trama

A história se passa no ano de 2020 e lembra “Perdido em Marte” (The Martian, 2015), o grande sucesso estrelado por Matt Damon e dirigido por Ridley Scott. Em ambos, uma equipe deve resgatar um astronauta (Don Cheadle) que ficou sozinho em Marte. Assim como o personagem interpretado por Matt Damon, o Luke de Cheadle também monta uma estufa ao lado da espaçonave e lá produz alimento e bebida.

A diferença é que no filme mais recente a trama gira em torno do resgate e da sobrevivência do astronauta, enquanto que neste “Missão: Marte”, o resgate é apenas parte da trama. Chegando lá, a equipe precisa investigar o que aparenta ser uma forma de vida inteligente no planeta vermelho. Enfim, é justamente nessa parte que o filme de De Palma perde sua força, quando assume tons de pura ficção científica, deixando para trás um clima de suspense interessante que estava criando.

Personagens

O roteiro também peca ao sacrificar os personagens mais cativantes da história. Conforme eles desaparecem do filme, o espectador se sente menos envolvido, devendo se contentar em acompanhar o que acontece com os demais personagens. Para piorar, os sobreviventes são justamente aqueles menos interessantes.

O Jim McConnell de Gary Sinise é o personagem mais complexo. Apesar de ser o melhor preparado entre os astronautas e o que mais deseja conhecer Marte, ele não embarca na primeira missão para o planeta. Isso porque está traumatizado pela morte da esposa, também astronauta. Então, o acidente com a tripulação em Marte o obriga a embarcar nessa missão, que o levará a decisões radicais sobre sua vida.

Enfim, “Missão: Marte” detonou a carreira ascendente de Brian De Palma, em termos de megaproduções. Para os apreciadores de seu estilo, isso foi positivo porque significou uma volta ao formalismo tradicional do diretor. Aliás, como comprovam, principalmente, “Femme Fatale” (2002) e “Paixão” (Passion, 2012).


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