Baseado no livro “The Ghost” de Robert Harris, O Escritor Fantasma mostra Ewan McGregor no papel de um escritor fantasma. Ou seja, aquele que escreve anonimamente um livro que será publicado com outra autoria. Ele se encarrega de assumir a biografia de um ex-ministro britânico, depois que seu antecessor faleceu em circunstâncias misteriosas.
O consagrado diretor polonês Roman Polanski compensa alguns momentos lentos na primeira metade de O Escritor Fantasma com duas sequências magistrais, dignas do melhor estilo hitchcockiano. Em outras palavras, onde as cenas não necessitam de diálogo, só de música e de um tempo que parece correr mais lento que o normal. A primeira delas mostra o personagem de Ewan McGregor guiado pela voz do GPS do carro – uma ideia brilhante e original, vale destacar – atrás de uma pista sobre a morte de seu antecessor. Já a outra sequência destaca o trajeto do bilhete incriminador que chegará até o principal culpado da trama.
Não só por essas sequências, mas integralmente O Escritor Fantasma se sustenta como um ótimo filme de suspense, cujo enredo prende a atenção até o último minuto de suas mais de duas horas de duração. Neste último minuto, porém, há um senão, pois o desfecho sobre o destino do protagonista é um tanto clichê.
