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Centro Cultural SP: Mostra O Japão Pós-Guerra, Ecos de um Neorrealismo

O Portal do Inferno (filme)

Entre 2 e 13 de março de 2022, acontece no Centro Cultural de São Paulo a mostra O Japão Pós-Guerra, Ecos de um Neorrealismo, em parceria com a Fundação Japão e o Museu Lasar Segall.

A mostra traz uma série de títulos clássicos de grandes diretores japoneses produzidos após a Segunda Guerra Mundial, em um movimento estético e temático que ecoa o neorrealismo italiano e os movimentos de vanguarda do pós-guerra.

Os ingressos, gratuitos. estarão disponíveis na bilheteria uma hora antes da sessão. Para retirá-los, será necessário apresentar o comprovante de vacinação da Covid-19, com no mínimo duas doses.

Sobre a mostra (reprodução)

Em meio ao colapso econômico do Japão e à ocupação dos EUA, o cinema japonês surgiu oferecendo humor e redenção em meio à ansiedade do pós-guerra. Nomes como o de Akira Kurosawa, Heinosuke Gosho e Teinosuke Kinugasa despontaram ao lado de nomes já conhecidos como os de Yasujiro Ozu e Kenji Mizoguchi. Em consonância com a evolução social e política do mundo, esses diretores deixaram de lado a dura vida do operariado para retratar a classe média, e, enquanto alguns ainda se voltavam ainda para os samurais do Japão Feudal, os temas e a forma mudaram em consonância com a evolução social e política do mundo no pós-guerra. Os “jidaigeki”, ou dramas históricos, proliferaram em obras deslumbrantes como o insuperável “Contos da Lua Vaga” (1953), ou o Portal do Inferno, Palma de Ouro no Festival de Cannes e Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Saiba mais em: http://centrocultural.sp.gov.br/2022/02/21/mostra-o-japao-pos-guerra-ecos-de-um-neorrealismo/

PROGRAMAÇÃO

Quarta-feira – Dia 2

16h – Contos da Lua Vaga

18h30 – Nuvens Flutuantes

Quinta-feira – Dia 3

16h – Nova Saga do Clã Taira

18h30 – De Onde Se Avistam as Chaminés

Sexta-feira – Dia 4

16h – Pai e Filha

18h30 – Fim de Verão

Sábado – Dia 5

16h – Ferrão da Morte

18h30 – Nuvens Flutuantes

Domingo – Dia 6

16h – Uma Pousada em Osaka

18h30 – Um Domingo Maravilhoso

Terça-feira – Dia 8

16h – De Onde Se Avistam as Chaminés

18h30 – Não Lamento Minha Juventude

Quarta-feira – Dia 9

16h – Nova Saga do Clã Taira

18h30 – Contos da Lua Vaga

Quinta-feira – Dia 10

16h – Ferrão da Morte

18h30 – O Portal do Inferno

Domingo – Dia 13

16h – Uma Pousada em Osaka

18h30 – Um Domingo Maravilhoso

SINOPSES

Não Lamento Minha Juventude, de Akira Kurosawa.

Waga seishun ni kuinashi, Japão, 1946, 110 min, 16mm.

No primeiro filme de Akira Kurosawa após o fim da Segunda Guerra Mundial, Setsuko Hara, faz uma performance surpreendente como Yukie, a única protagonista feminina no corpo de trabalho de Kurosawa e uma de suas heroínas mais fortes. Transformando-se de filha burguesa gentil em ativista social independente, Yukie atravessa uma década tumultuada na história japonesa.

Um Domingo Maravilhoso, de Akira Kurosawa.

Subarashiki nichiyobi, Japão, 1947, 108 min, DCP.

Esta afetuosa ode ao amor jovem também é um exame franco de Akira Kurosawa das duras realidades do Japão pós-guerra. Durante uma viagem de domingo a Tóquio devastada pela guerra, Yuzo e Masako procuram trabalho e hospedagem, além de entretenimento acessível para passar o tempo. Reminiscente das comédias social-realistas de Frank Capra e ecoando o neorrealismo italiano contemporâneo, One Wonderful Sunday oferece de maneira tocante uma faísca de esperança em tempos sombrios.

Pai e Filha, de Yasujiro Ozu.

Banshun, Japão, 1949, 108 min, 16mm.

Mostrando a diferença entre duas gerações, Ozu retrata magistralmente, e com sutileza única, as drásticas mudanças do Japão pós-guerra mundial. Noriko é uma jovem que dedica sua vida a cuidar de seu pai, o viúvo Somiya. Mas Somiya e sua irmã fazem Noriko achar que ele vai se casar novamente, e assim ela aceita conhecer um pretendente a marido. Apesar de gostar de seu pretendente, se ressente por seu pai estar casando novamente, no que é aconselhada por ele a buscar sua própria felicidade.

Fim de Verão, de Yasujiro Ozu.

Kohayagawa Ke No Aki, Japão, 1961, 103 min, 16 mm.

Penúltimo filme de Ozu, escrito em parceria com seu roteirista habitual, Kogo Noda. Retrato da família Kohayagawa, proprietária de uma pequena fábrica de saquê no Japão do pós-guerra. O filme analisa as diferenças entre o velho e o novo durante as transformações econômicas sofridas pelo Japão durante o Plano Marshall, no pós-guerra, além de filosofar sobre a possibilidade de conciliar desejos e sentimentos.

De Onde Se Avistam as Chaminés, de Heinosuke Gosho.

Entotsu no mieru basho, Japão, 1953, 108 min, 16mm.

Adaptado do drama de absurdo de Rinzo Shiina, o premiado filme de Heinosuke Gosho mostra os problemas cotidianos de dois casais da classe operária de Tóquio. O diretor, um dos mais importantes da fase shomingeki (dramas sobre a classe operária), faz um filme com profundo senso humanístico e muito bem-humorado. Vencedor do Prêmio Especial do Júri do Festival de Berlim.

Uma Pousada em Osaka, de Heinosuke Gosho.

Ôsaka no yado, 1954, Japão, 122 min, DCP.

Raramente visto fora do Japão, este filme segue a história de um executivo de uma companhia de seguros de Tóquio, o Sr. Mito, que é rebaixado para o escritório de Osaka. Ele aluga um quarto em uma pequena pousada e tenta reconstruir sua vida.

O Portal do Inferno, de Teinosuke Kinugasa.

Jigokumon, Japão, 1953, 86 minutos, 16mm.

Século 12. Em meio aos conflitos e revoltas contra o imperador, um samurai recebe a ordem de escoltar e proteger Lady Kesa, uma mulher da cortê. Com a missão cumprida, o imperador lhe oferece uma recompensa e o samurai pede a mão de Lady Kesa. A situação se complica quando ele descobre que ela já é casada com um membro da alta classe. Porque assistir: Palma de Ouro em Cannes e Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, e cópia em película 16mm. (foto/divulgação)

Nuvens Flutuantes, de Mikio Naruse.

Ukigumo, Japão, 1955, 119 min, DCP.

Considerado um dos melhores filmes de todos os tempos no Japão, esse clássico de Naruse segue Yukiko Koda, uma mulher que acaba de retornar ao Japão da Indochina Francesa. Yukiko procura Kengo, com quem teve um caso durante a guerra.

Contos da Lua Vaga, de Kenji Mizoguchi.

Ugetsu monogatari, Japão, 1953, 97 min, 16mm.

No século XVI, em plena guerra civil, dois irmãos fazendeiros vão à capital local para tentar vender peças de cerâmica. Eles vendem todas, e depois o destino dos dois se separa quando Tobei decide se tornar samurai, e Genjuro quer enriquecer através do comércio. Entre as surpresas que os esperam, Genjuro descobre que a rica mulher que o recebeu em seu palácio, é na verdade, um fantasma.

Nova Saga do Clã Taira, de Kenji Mizoguchi.

Shin Heike Monogatari, Japão, 1955, 108min, 16mm, 12 anos.

No final da era Heian (794 a 1185), o Japão estava dividido entre dois clãs rivais: Taira e Minamoto. Tadanori Taira e seu filho Kiyomori chegam a Quioto depois de uma campanha contra piratas no mar ocidental. A vitória, no entanto, não é festejada pelos membros da corte, que temem o crescente poderio dos samurais.

O Ferrão Da Morte, de Kohei Oguri.

Shi No Toge, Japão, 1990, 114 min, 16mm.

Um drama doméstico que traça um retrato realista do caráter do povo japonês no pós-guerra. A história se passa em Tóquio onde vivem Toshio, sua esposa Miho e os dois filhos do casal. Juntos há dez anos, eles enfrentam sua primeira crise quando um caso de Toshio com outra mulher vem à tona. Durante muito tempo Miho orgulhou-se da fidelidade do marido mas agora é preciso enfrentar a brutal realidade de sua infidelidade. “O Ferrão da Morte” atingiu aclamação mundial. Com esta obra, Kohei acumulou o Prêmio da Crítica Internacional e o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes.

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