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O Sobrevivente (filme)
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O Sobrevivente

Avaliação:
3.5/10

3.5/10

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Crítica | Ficha técnica

O Sobrevivente (The Survivalist, 2021) é mais um filme recente que prevê um futuro próximo distópico devido à pandemia. Dentre eles, talvez um dos poucos que merecem uma visita é Isolados: Medo Invisível (Songbird, 2020), de Adam Mason. A maioria parece que se deixa contaminar pela Covid-19 e apresenta um desânimo enorme. É o caso desta produção estadunidense.

Na verdade, já dava para antecipar que o filme não seria grande coisa. Afinal, o seu diretor, Jon Keeyes, rodou antes sete longas, todos abaixo da média. Aliás, o anterior, Refém Rebelde (Rogue Hostage, 2021), também contou com John Malkovich no elenco. Mas o ator embarcou na onda de Nicolas Cage, Bruce Willis e outros colegas, e começou a preferir quantidade a qualidade, atuando em vários filmes, um atrás do outro. No seu caso, pelo menos até recentemente, entrou em filmes razoáveis. Por exemplo, Vale dos Deuses (Valley of the Gods, 2019), Ava (2020) e Arkansas (2020). Mas estes dois com Jon Keeyes são bombas.

A trama

O protagonista não é Malkovich, mas John Rhys Meyers (outro ator que sobe em várias barcas furadas). Este interpreta Ben, um ex-agente do FBI que se isolou em uma casa abastecida com mantimentos para aguentar um bom tempo. Porém, antes de ele entrar em cena, o filme acompanha a fuga de Sarah (Ruby Modine), perseguida pela turma de Aaron Ramsey (Malkovich). Ramsey quer capturá-la porque acredita que ela é imune ao vírus e deseja realizar experiências com ela. Seguindo as instruções de seu irmão, que se sacrifica nessa fuga, Sarah procura a ajuda de Ben.

O desfecho desse argumento somente poderia ser um: Ramsey encontra Sarah se refugiando na casa de Ben, então, acontece um confronto mortal. Esse final previsível não é um enorme problema, ainda mais em produções de baixo orçamento como essa. São outras as questões que atravancam esse filme. O mais grave é que, antes do embate decisivo, Sarah revela que, na verdade, não é imune – ela está infectada, mas assintomática. Ou seja, o próprio roteiro joga pelo ralo o artifício que movia toda a trama, o famoso MacGuffin. Então, o aguardado duelo acontece, agora, somente porque Ramsey não acredita nisso, o que é bem menos emocionante para a história.  

O trauma

Além disso, numa tentativa mal-conduzida de aprofundar o protagonista, o filme apresenta, em paralelo, cansativas cenas de flashback para mostrar a relação conflituosa de Ben com seu pai, Heath (Julian Sands). O motivo das brigas era o vício em apostas do pai. Mas, a culpa pela morte do pai, que coincide com a parte final da trama, não guarda qualquer relação com a situação do presente. Talvez, forçando a barra, possamos entender que essa culpa o motiva a ajudar Sarah, mas é preciso muita boa vontade para nos animarmos com essa conclusão.

Por fim, o que se encaixa mesmo é o tom de desesperança do encerramento com o desinteresse que o filme provoca no espectador.  

Disponível em: Claro Now, iTunes/Apple Tv, Google Play/YouTube, Sky Play e Vivo Play


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