Pesquisar
Close this search box.
Arkansas (filme)
[seo_header]
[seo_footer]

Arkansas

Avaliação:
7/10

7/10

clique no botão abaixo para ouvir o texto

Crítica | Ficha técnica

Arkansas marca o primeiro passo do ator de comédias Clark Duke como diretor de longa-metragens. Duke, que nasceu no estado de Arkansas, é também o coautor do roteiro e um dos protagonistas do filme.

O longa quebra sua narrativa em cinco capítulos e acompanha a ascensão do traficante de drogas Kyle, interpretado por Liam Hemsworth. Como narrador do filme, o personagem afirma que o tráfico de drogas no sul dos EUA não é tão organizado, e não há o código de honra das máfias italianas ou mexicanas. Logo, a estória mostra isso, quando ele parte para o Arkansas para entregar drogas junto com um novo parceiro, Swin, vivido pelo diretor Clark Duke.

Capítulos

No primeiro capítulo do filme, a dupla conhece Bright, o chefe deles em Arkansas. Quem faz o papel dele é John Malkovich. Na verdade, essa primeira parte adequa o seu tom à persona que ele costuma interpretar nas telas. Em outras palavras, o cinismo prevalece, quase beirando o cômico.

O segundo capítulo volta no tempo, para 1985. Então, o futuro líder da operação, Frog (Vince Vaughn) inicia no negócio das drogas. Depois, essa narrativa é retomada no capítulo quatro, que se passa em 1988, e mostra como ele se tornou poderoso.

Tensão crescente

Conforme o filme avança, mais violência surge nas telas. A abundância da música sulista atenua a brutalidade, mas a trilha vai minguando gradativamente, até ser substituída por um instrumental que exala tensão. Assim, a parte final explode em atos selvagens, e revela a transformação de Kyle. No início, ele declara não ser ganancioso e não ligar para o consumismo materialista. Mas, agora alcança o posto mais alto dentro da organização criminosa, tendo como principal arma a falta de lealdade. Aliás, recurso empregado também por Frog.

As nuances variadas do filme Arkansas, mesclando humor cínico com violência desmedida, reflete os dois protagonistas. Swin beira o caricato e Kyle compõe o hitman frio e calculista. Nesse aspecto, a estreia de Clark Duke remete a alguns dos filmes de Joel e Ethan Coen, principalmente seus primeiros, entre Gosto de Sangue (Blood Simple, 1984) e Barton Fink: Delírios de Hollywood (Barton Fink, 1991). Não tão bom quanto, mas é um filme acima da média.


Arkansas (filme)
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo