Longa de estreia da dupla de diretores Spenser Cohen e Anna Halberg, O Tarô da Morte se restringe aos clichês do gênero terror. Por isso, espere inúmeros jump scares e assombrações toda vez que um personagem fica sozinho em cena.
A estrutura narrativa, além disso, deixa o filme ainda mais previsível porque assume o risco de se tornar episódico. Na trama, sete jovens alugam uma mansão no campo, onde encontram um antigo jogo de cartas de tarô pintados à mão. Uma das integrantes do grupo, Haley (Harriet Slater), faz a leitura para os amigos. Quando eles retornam para a cidade, eles começam a morrer, um a um. Em toda cena de morte, o áudio repete como as cartas previram o que aconteceria.
Mas O Tarô da Morte não é de todo ruim. Depois das três primeiras mortes, a sequência episódica é interrompida. Os jovens se agrupam, e alguns deles resolvem voltar à mansão para destruir as cartas. Na parte final, desta vez não sobra apenas a final girl, mas mais sobreviventes.
Fora isso, a direção de Cohen e Halberg não compromete. Embora não arrisque demais, usa corretamente a cartilha dos filmes de terror, inclusive com planos diferenciados. Os efeitos especiais e visuais contribuem para a apreciação positiva do filme. Os fãs do gênero, porém, podem reclamar da pouca violência na tela, o que ajuda a tornar o tom menos sombrio do que precisava ser.
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Ficha técnica:
O Tarô da Morte | Tarot | 2024 | 92 min | EUA | Direção: Spenser Cohen, Anna Halberg | Roteiro: Spenser Cohen, Anna Halberg | Elenco: Avantika, Jacob Batalon, Olwen Fouéré, Harriet Slater, Humberly González, Adain Bradley, Larsen Thompson, Anna Halberg.
Distribuição: Sony Pictures.