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Pânico na Floresta (filme)
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Pânico na Floresta: A Fundação

Avaliação:
5/10

5/10

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Crítica | Ficha técnica

Pânico na Floresta: A Fundação (Wrong Turn, 2021) já é o sétimo filme da franquia Pânico na Floresta (Wrong Turn, 2003). Todos trazem uma variação da trama envolvendo jovens atacados numa floresta por canibais. Porém, pela primeira vez, desde o longa original, Alan B. McElroy volta a assinar o roteiro. Na verdade, o canibalismo parece um elemento acessório. A principal fonte de terror é a Fundação, uma comunidade clandestina que recorre à violência para afastar os invasores de seu território.

McElroy assume o posto de nome de maior gabarito nesta produção. Afinal, seu currículo possui muitos mais créditos do que o do diretor Mike P. Nelson, que realiza aqui seu terceiro longa na carreira. O primeiro roteiro de McElroy foi Halloween 4: O Retorno de Michael Myers (Halloween 4: The Return of Michael Myers, 1988). Mais, recentemente, assinou o script de Fratura (Fractured, 2019), o melhor que escreveu em sua carreira. Seus demais trabalhos obtiveram menor repercussão.

Dentro do elenco de desconhecidos, talvez você se lembre de Matthew Modine, por Nascido para Matar (Full Metal Jacket, 1987), de Stanley Kubrick, ou pela série Stranger Things (2016-2022). O ator interpreta Scott Shaw, que na parte final do filme entra na floresta para resgatar a filha Jennifer (Charlotte Vega). A jovem e seus cinco amigos invadiram o terreno da Fundação, e foram punidos por esse erro.

Slasher comunitário

A trama mistura o subgênero slasher, de O Massacre da Serra Elétrica (The Texas Chain Saw Massacre, 1974) e Sexta-Feira 13 (Friday the 13th, 1980), com outro, o do terror das comunidades secretas, como Midsommar: O Mal Não Espera a Noite (Midsommar, 2019). Aliás, Não por acaso, a comunidade maligna parece ter origem nórdica. Assim, Pânico na Floresta: A Fundação não inova ao colocar um grupo de jovens num local isolado enfrentando caipiras hostis e mentes perturbadas. Pelo menos, o filme traz um grupo interessante de vítimas, todas formadas e com bons empregos, diferente dos típicos desmiolados dos slashers. Além disso, é bem-vinda a inclusão de um casal gay entre os três que formam o grupo. Enfim, há motivos suficientes para o espectador torcer para que eles saiam ilesos do perigo.

Contudo, o desenvolvimento da trama sofre com as constantes discussões dentro do grupo, após as tragédias começarem a acontecer. São brigas sobre moralidade, quando a situação desesperadora que enfrentam comporta apenas a luta pela sobrevivência. Esses momentos irritam o espectador e ainda reduzem o ritmo, num filme em que a sucessão de eventos deve ser muito rápida. Afinal, o enredo apresenta várias falhas sob um mínimo de escrutínio.

Por fim, a conclusão ainda arrisca uma desnecessária virada, que poderia estregar o desfecho anteriormente apresentado. Mas, funciona pela surpresa em definir o destino da protagonista enquanto os créditos finais aparecem na tela.

Para seguidores e não-seguidores

Enfim, para os seguidores da franquia, Pânico na Floresta: A Fundação traz vários easter eggs dos filmes anteriores. Mas, a história aqui é uma nova versão do primeiro filme, e não uma continuação das demais sequências. Isso explica a adoção do mesmo título original. Quem não viu nenhum dos filmes “Wrong Turn” pode acompanhar essa trama isoladamente. Entretanto, para esses dois públicos, e qualquer outro, esse filme de Mike P. Nelson é apenas um terror mediano com violência brutal.   

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Ficha técnica:

Pânico na Floresta: A Fundação | Wrong Turn | 2021 | Reino Unido, EUA, Alemanha | 109 min | Direção: Mike P. Nelson | Roteiro: Alan B. McElroy | Elenco: Charlotte Vega, Adain Bradley, Bill Sage, Emma Dumont, Dylan McTee, Daisy Head, Matthew Modine, Vardaan Arora, Adrian Favela, Tim DeZarn, Rhyan Elizabeth Hanavan.

Onde assistir "Pânico na Floresta: A Fundação":
Pânico na Floresta (filme)
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