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Paris Manhattan

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

Paris Manhattan é indicado aos fãs de Woody Allen, que se identificarão com a personagem principal, fanática pelo cineasta.

O nome da protagonista poderia ser Annie, Hannah, Melinda, Vicky ou Cristina. A escolha foi Alice, em homenagem a Simplesmente Alice (1990). O filme começa com o truque cinematográfico tornado famoso por Alfred Hitchcock em Janela Indiscreta (1954). Em outras palavras, a câmera passeia pelos objetos que estão no quarto da personagem principal para apresentá-la ao público sem ter que usar palavras. Vemos, assim, no quarto da ainda adolescente Alice muitos livros, remédios, LPs e um toca-discos. Ou seja, as mesmas preferências do culto e hipocondríaco músico e cineasta Woody Allen, que se revela, ao final da cena, em um gigantesco poster na parede.

Woody Allen como mentor

A fascinação de Alice por Allen é tão forte que ela o tem como um mentor imaginário. Ele guia sua vida através de diálogos que ela tem com o diretor. Pura fantasia, claro. Afinal, ele responde em inglês as falas em francês da garota parisiense. Adicionalmente, ela também conduz o filme como a narradora da estória, que acontece quando ela está com 27 anos. Ainda solteira, ela herda o comando da farmácia da família e inicia um namoro com um homem bonitão da sua idade. Enquanto isso, é paquerada por um homem mais velho, Victor, dono de uma loja de alarmes. É com ele que Alice investiga a vida da irmã mais nova, e se surpreende com o que descobre.

O tom é de comédia romântica, e o humor às vezes beira o caricato – como nos filmes de Woody Allen. Por exemplo, Alice e Victor invadem o apartamento da irmã no mesmo momento que os seus pais, criando uma situação engraçada. Outras piadas surgem no hábito de Alice, que é fanática por cinema em geral e não só por Woody Allen, de emprestar fitas de dvd aos clientes da farmácia para ajudar na cura de seus problemas. Além disso, há também alguns momentos dramáticos, como aqueles que envolvem os problemas da família de Alice.

Sophie Lellouche

A diretora e roteirista Sophie Lellouche, que só dirigiu dois filmes em sua carreira até agora, poderia ter aproveitado melhor a sua criativa premissa. Por exemplo, a estória poderia ter conduzido o espectador fã de Woody Allen a referências aos seus trabalhos, desafiando-o a encontrá-las. Mas Lellouche escreveu um roteiro menos rebuscado, que em certos momentos perde a essência da premissa da protagonista fanática pelo cineasta novaiorquino. Em um momento decisivo, Alice chega até a arrancar o poster do seu ídolo da parede, para representar seu amadurecimento. Não faz sentido, então, a virada final, quando ela tem a chance de encontrá-lo pessoalmente e fica toda entusiasmada.

É preciso ignorar a cena em que Alice resolve quebrar o elo com seu ídolo. Se você conseguir, Paris Manhattan se recupera na sua parte final, quando o próprio Woody Allen aparece numa participação especial, dando sua bênção à ideia de Sophie Lellouche. E assim o filme se torna tão simpático, como a sua protagonista, interpretada por Alice Taglione (sim, Alice mesmo!).


Onde assistir:
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