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Refém do Jogo (filme)
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Refém do Jogo

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

Refém do Jogo parece a versão britânica de filmes de ação policial no estilo Duro de Matar.

Esse filme muito movimentado instiga, sempre que pode, a rivalidade entre estadunidenses e ingleses. Fundamentalmente, a partir do pano de fundo de sua trama, que se desenrola durante um jogo de futebol, esporte amado pelos britânicos e ignorado pelos americanos.

Em Londres, o West Ham enfrenta o Dynamo, time de Sokovia, um país fictício do leste europeu que sofre turbulências políticas há anos. Dentro do estádio, um ex-revolucionário tido como morto torce pelo Dynamo, sem saber que seu irmão armou um plano para mata-lo por vingança. A ideia é explodir o local se ele não se entregar. Mas, um ex-combatente dos EUA que se encontra no local com sua sobrinha fará de tudo para impedir o esquema que coloca a garota em perigo.

A estória logo se mostra frágil e não convence quanto ao motivo para Michael Knox (Dave Bautista) se sentir tão sensibilizado a ponto de se arriscar para salvar Danni (Lara Peake). Afinal, ela nem é sobrinha sua de verdade, mas a filha de um amigo combatente que morreu sob seu comando. A ligação com o pai da adolescente não tem ressonância com o espectador porque é apenas contada no filme. Teria muito mais peso se fosse mostrada em um prólogo ou flashback. Já para que a atitude heroica de Knox funcionasse, seria mais natural que a menina estivesse em perigo nas mãos dos terroristas. Ou seja, como a situação de John McClane, o personagem de Bruce Willis em Duro de Matar (1988), que se arriscou para salvar sua esposa.

Violência die hard

Há uma violência inesperada, dura, em Refém do Jogo, que lembra os filmes de James Bond da fase Daniel Craig. Aliás, flerta também com o parkour, prática em que uma pessoa supera obstáculos físicos usando somente o corpo. Afinal, a luta que acontece dentro de um elevador remete a uma cena semelhante de 007: Casino Royale (2006).

O que cai bem no filme, numa sequência que um norte-americano dificilmente criaria, é o paralelo entre a narração do jogo e o que acontece com o desenrolar do ato terrorista. Dessa forma, sincronizando as ações na emocionante perseguição de motos pelos corredores do estádio. Outra boa sacada, que vale também como crítica social, é o preconceito racial que sofre o personagem Faisal (Amit Shah), que depois dá o troco usando isso a seu favor em sua tentativa de salvar o público dentro da área de alcance das bombas.

A direção de Scott Man é agil. Ele movimenta bastante a câmera em consonância com o ritmo da ação. E, ainda opta por elencar uma personagem feminina como o inimigo mais letal. Com isso, garante a modernidade de Refém do Jogo.

Contudo, o filme sofre com a fraca atuação de Dave Bautista, o Drax de Guardiões da Galáxia, que está longe de ser um James Bond. Mas, vale apontar uma curiosidade dupla: Bautista já atuou em um filme do agente inglês, 007 Contra Spectre, e o ex-Bond Pierce Brosnan interpreta aqui o revolucionário que fingiu sua própria morte.

Se você consegue ignorar Bautista e o fraco roteiro, poderá então se divertir com o ritmo acelerado de Refém do Jogo.


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