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Rush: No Limite da Emoção (filme)
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Rush: No Limite da Emoção

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Rush: No Limite da Emoção conta a história da rivalidade entre os pilotos de Fórmula 1 Niki Lauda e James Hunt. Se os fatos reais já seriam suficientes para um relato emocionante, o experiente diretor Ron Howard habilmente os potencializa.

De um lado, Niki Lauda, interpretado pelo espanhol Daniel Brühl (de Dois Dias em Nova York e Bastardos Inglórios), é racional, sério, profissional, feioso e low-profile. De outro, completamente o oposto, o mulherengo, bonitão, playboy e ávido por celebridade James Hunt, vivido pelo ator Chris Hemsworth (conhecido pelo seu papel como o super-herói Thor).

A história

O filme começa com uma cena dramática de 1976, destacando essa rivalidade. Depois, volta seis anos para contar como os dois se conheceram e se antipatizaram na Fórmula 3. Então, acompanhando a trajetória dos pilotos, vemos o austríaco Lauda, mais focado que Hunt, conquistar êxito mais rápido. Logo, ele compra uma posição na Ferrari em 1974, e, um ano depois, conquista o título mundial. Em paralelo, o piloto inglês, mais preocupado em conquistar mulheres, só cresceu quando entrou na McLaren. Nesse episódio, acompanhamos o envolvimento do brasileiro Emerson Fittipaldi, que abandona essa equipe para correr pela Copersucar.

Essencialmente, o roteiro se concentra na temporada de 1976, que marca a esteia de Hunt na McLaren, uma das temporadas mais espetaculares da história da Fórmula 1. Enquanto a McLaren enfrenta repetidos problemas para ajustar seu carro, a Ferrari de Lauda acumula vitórias ou ao menos lugar no pódio. Após a nona corrida, dentre dezesseis, já está quase definido quem seria o campeão. Então, sempre racional, Lauda tenta convocar um boicote à décima corrida, no circuito de Nürburgring, Alemanha, por motivo de falta de segurança. Mas, não consegue, e os pilotos correm sob forte chuva. Por isso, na seqüência mais dramática do filme, Lauda sofre o acidente que o marcaria, física e emocionalmente, para sempre.

À beira da morte

Como resultado, várias queimaduras, inclusive no rosto, deixam o austríaco à beira da morte no hospital. Em cenas fortes que não poupam o espectador, Lauda sente a profunda dor do tratamento, enquanto assiste na televisão às vitórias de James Hunt nas corridas subsequentes. Como ele mesmo admite em outro trecho do filme, a vontade de voltar a competir pelo campeonato lhe deu forças para sua valente recuperação. Logo, após 42 dias do acidente, ele está de volta às pistas.

No retorno, Niki Lauda começa receoso, pilotando cautelosamente. Pelo menos, até o momento em que precisa fazer uma manobra habilidosa para escapar de um acidente. A partir daí, recupera sua confiança e conquista a quarta posição. E, a incrível recuperação leva o público a invadir as pistas para carregar o piloto nos ombros.

A emoção do esporte

O diretor Ron Howard conquista o que nem sempre se consegue no cinema: transmitir a mesma emoção do esporte retratado nas telas. Por exemplo, na última corrida, a pontuação no campeonato mostra uma diferença de três pontos de vantagem de Lauda sobre Hunt. No grid de largada, a expectativa cresce. Porém, logo nas primeiras voltas, Niki Lauda abandona a corrida. A forte tempestade que cai o faz tomar a decisão de que não valeria a pena arriscar sua vida para ser campeão. Mesmo assim, Rush: No Limite da Emoção não deixa a excitação baixar, pois enfatiza que, para ganhar o campeonato, Hunt precisa chegar pelo menos em terceiro lugar. Então, faltando quatro voltas para o final da corrida, ele está em sexto.

Adicionalmente, antes dos créditos de encerramento, vemos cenas reais dos pilotos e das corridas, bem como o que aconteceu aos dois após 1976.

Retrato dos anos 1970

Sob outro aspecto, Rush: No Limite da Emoção se ambienta nos anos 70 através do uso de cores opacas e trilha musical com clássicos do rock, além do figurino bem caracterizado. E, Chris Hemsworth possui o físico adequado e cria um James Hunt antagônico ao personagem principal, mas sem inspirar antipatia. Já Daniel Brühl se assemelha a Niki Lauda, principalmente do nariz para baixo. Especificamente, por causa de seus dentes de rato, apelido do piloto na época. Porém, pelo menos para os brasileiros, ele pode também lembrar o piloto Nelson Piquet. Mais importante do que isso, definitivamente o ator constrói muito bem o racional Niki Lauda.


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