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Silverton: Cerco Fechado (filme)
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Silverton: Cerco Fechado

Avaliação:
4.5/10

4.5/10

Crítica | Ficha técnica

Visualmente, Silverton: Cerco Fechado (Silverton Siege) desponta como um filme acima da média. Porém, sua fraquíssima dramaturgia estraga tudo.

Em seu segundo longa-metragem, o diretor Mandla Dube demonstra a habilidade que possui no quesito fotografia, função na qual ele possui mais experiência. Juntamente com o diretor de fotografia Shaun Harley Lee, o cineasta filma belas imagens tanto nas cenas de ação como nos diálogos, sejam elas cenas de externas ou de interiores. E tudo parece filmado em locações, o que sempre representa um desafio em relação à iluminação. Nesse sentido, destacam-se planos metafóricos, como aquele que coloca a balança da Justiça em primeiro plano em relação à movimentação dentro do banco tomado pelos protagonistas. Da mesma forma, vemos enquadramentos impactantes. Por exemplo, a tomada do alto de uma das reféns logo após ela ser morta, carregada em posição de cruz.

Um roteiro aquém dos eventos retratados

Porém, logo percebemos que essas imagens não conseguem sustentar o drama do seu frágil enredo. Já começa com um desnecessário flash forward, que nos obrigará a assistirmos novamente a tomada do banco pelos três personagens principais. Pelo menos, Mandla Dube escolheu outros pontos de vista para não repetir os planos dessa sequência. Mas o filme está repleto de falas artificiais e redundantes (por exemplo, o chefe da polícia não precisa falar que eles perderam a escuta, pois já vimos isso na tela). Além disso, alguns personagens não têm o mínimo de sustentação, como a cliente do banco negra que finge ser uma branca preconceituosa. Sem contar, ainda, as muitas situações pouco convincentes (para que mentir que Mandela será solto da prisão no momento da libertação dos reféns?).

Na parte inicial do filme, ainda é possível relevar esses problemas, tendo boa vontade. Afinal, logo aos seis minutos se inicia uma perseguição que dura quase dez. Mas, mesmo nessa sequência, sentimos uma forçada de barra nos eventos que levam os três protagonistas a entrarem no banco. Essa fatalidade, ou coincidência, baseada em fatos, desperta uma natural atenção, pois eles não invadiram o banco para um assalto, mas sem querer durante a fuga. Porém, essa surpresa por si só não basta.

Silverton: Cerco Fechado se baseia em eventos reais que aconteceram em 1980. Porém, o filme não está à altura da causa dos três rebeldes que lutaram contra o sistema segregacionista do apartheid.

Se você procura um filme realmente tenso sobre um cerco em um banco, vale muito mais a pena ver ou rever Um Dia de Cão (Dog Day’s Afternoon, 1975), dirigido por Sidney Lumet, e com uma atuação magnífica de Al Pacino.

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Ficha técnica:

Silverton: Cerco Fechado | Silverton Siege | 2022 | 100 min | África do Sul | Direção: Mandla Dube | Roteiro: Sabelo Mgidi | Elenco: Thabo Rametsi, Noxolo Dlamini, Stefan Erasmus, Tumisho Masha, Arnold Vosloo, Elani Dekker, Shane Wellington.

Distribuição: Netflix.

Onde assistir:
Silverton: Cerco Fechado (filme)
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