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Stranger Things - Temporada 2
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Stranger Things – 2ª Temporada

Avaliação:
8/10

8/10

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Crítica | Ficha técnica

Após a recepção entusiasmada da primeira temporada, no ano subsequente “Stranger Things” retorna com uma pegada diferente. Necessária, visto que o charme nostálgico das referências aos anos 1980 já não encanta tanto. Afinal, o espectador agora se sente acostumado ao ambiente ao qual foi exposto durante todos os episódios do ano passado.

O que também perde o impacto, naturalmente, é o processo de conhecimento dos personagens, que foram muito ricamente detalhados na primeira temporada. As idiossincrasias de cada um deles conquistava o espectador a cada episódio, criando o interesse necessário para seguir a série simplesmente por isso. Nessa sequência, com exceção de alguns personagens novos, notadamente a ruivinha Max (Sadie Sink), o espectador começa desde o início suficientemente familiarizado com a turma de protagonistas.

Primeiros episódios

Os primeiros três episódios da 2ª temporada de “Stranger Things”, por isso, são arrastados, pouco parece acontecer e não há mais tanto mistério. A solução foi carregar nas doses de horror que surgem após o quarto episódio.

Antes, o pilar da estória era o mistério sobre as estranhas ocorrências na pequena cidade americana, estimulado por pílulas de informação disponibilizadas em pequenas doses. Agora, havia a necessidade de partir do pressuposto que os espectadores foram expostos à aparição do monstro nos derradeiros capítulos da temporada inaugural.

Duas criaturas surgem nessa sequência. Uma delas, um misto de réptil e cachorro com uma boca que se abre como os casulos de “Alien, o 8º Passageiro” que cresce rapidamente. A outra, um gigantesco molusco feito de sombras que se ergue sobre a cidade. A primeira surge em cenas do gênero horror, a segunda investe no terror psicológico.

Aliás, são várias as cenas oníricas, quando alguns personagens mergulham no universo paralelo caracterizado como o mundo real transformado em pesadelo. As visitas (indesejadas) de Will (Noah Schnapp) a esse cenário foram vistas na primeira temporada e agora estão mais frequentes. Adicionalmente, as idas de Onze (Millie Bobby Brown) são novidade e são impressionantes, inseridas num negro líquido em efeito belíssimo.

Onze

Um dos episódios, o sétimo, é dedicado exclusivamente à personagem Onze/Jane, para desvendar suas origens. Nele, conhecemos a sua “irmã”, uma outra menina que sofreu tratamento no sinistro centro de pesquisas. Esse segmento serve também para solidificar a questão ética da personagem, que opta por não seguir o caminho da vingança.

A temporada se encerra com um baile de escola, como em “Carrie, a Estranha”, mas sem o desfecho apocalíptico. O final comemora a resolução do mistério e o fim dos problemas, e parece fechar um ciclo. A canção do The Police, “Every Breath You Take”, porém, entrega em sua letra (“I’ll be watching you”) que o mundo invertido continua ali, e um engenhoso movimento de câmera revela como o “Demogorgon” continua ali, à espreita.

Por fim, “Stranger Things” oferece em sua segunda temporada um fechamento satisfatório para sua estória, com a aparente solução do problema que surgiu no seu início. Porém, a terceira temporada parece estar a caminho, talvez partindo de um novo acesso ao mundo invertido. Se conseguir manter o nível das duas temporadas iniciais, será bem vinda.


Stranger Things Temporada 2
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