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The Mandalorian (série)
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The Mandalorian – Temporada 1

Avaliação:
8/10

8/10

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Crítica | Ficha técnica

A série The Mandalorian é um spin off da saga Star Wars produzido pela Disney e exibido pelo seu serviço de streaming Disney+, que ainda não chegou ao Brasil. A primeira temporada possui oito episódios com 30 minutos em média – alguns são mais longos.

Série procedural

A estória se passa cinco anos após Star Wars, Episódio VI: O Retorno do Jedi. O Mandolarian (Pedro Pascal) do título é um caçador de recompensas filiado ao sindicato e chefiado por Greef Karga (Carl Weathers). A ocupação do protagonista permite que a série seja procedural. Ou seja, cada episódio é uma história fechada sobre um serviço que ele executa. Porém, existe uma trama que liga todos os episódios, quando surge um bebê da mesma espécie do Yoda, a quem ele resolve proteger do Império.

Vale observar que esse bebê foi vulgarmente popularizado como Baby Yoda. Contudo, ele não é o Yoda, apenas um ser de sua espécie, e que possui 50 anos de idade, pois seu envelhecimento é mais lento que o humano. E o Império, que tenta se reconstruir após a derrota em O Retorno de Jedi, provavelmente deseja se apoderar dele para tentar seduzi-lo para o lado sombrio.

Essa missão maior permeará todos episódios e assumirá até a posição primordial nos últimos dois, que já não são procedurais. E lançará, ainda, uma justificativa para se produzir uma segunda temporada.

Um faroeste intergalático

A primeira temporada de The Madalorian apresenta várias características de um faroeste. A própria profissão do protagonista já indica um elemento comum desse gênero. Afinal, era comum a figura dos caçadores de recompensas nesses filmes. Além disso, o cenário das aventuras dessa série é o deserto, um planeta árido que lembra a paisagem do Oeste dos EUA, até mesmo com uma cidade com arquitetura parecida com a mexicana.

As inspirações no western continuam na história. O Mandaloriano precisa aprender a montar um animal local, exatamente como um caubói treina para andar de cavalo. Adicionalmente, as cenas de ação possuem muito tiroteio – e não duelos de sabres de laser, vale informar. Porém, a maior homenagem vai para o spaghetti western, que chamamos de “bangue bangue à italiana”. Nesse sentido, no terceiro episódio, um metal valorizado como dinheiro salva a vida do herói – repetindo o filme Um Dólar Furado (1965).

O caçador vira caça

O Mandaloriano, quando resolve salvar a vida do bebê, acaba infringindo as regras do sindicato e deixa de se tornar o caçador para virar a caça. Isso o leva a uma pequena aldeia para se esconder, onde é contratado para proteger os habitantes que são constantemente roubados. Lá, ele conhece uma membra da Rebelião também exilada, Cara Dune, interpretada pela ex-lutadora de MMA Gina Carano, que depois se tornará sua aliada.

Por outro lado, os fãs vão gostar de rever os pequenos jawas, criaturas do deserto que ganham a vida como sucateiros. É engraçado como, hoje, eles lembram muito os Minions, inclusive no som que emitem. A série traz também os Tusken Raideres, aquele povo da areia responsável pelo maior susto de Uma Nova Esperança. Mas o Mandaloriano que a saga já apresentou, Boba Fett, não aparece na série.

Os seguidores da saga notarão uma sutil mudança de tom, indo levemente para um lado mais pesado. No episódio cinco, vemos um piloto humano do Império morrendo aos gritos e capacetes de stormtroopers espetados em lanças fincadas no chão, como escalpos. E no episódio final vemos esses capacetes serem dilacerados durante um combate.

A produção de The Mandalorian é digna dos filmes da saga, principalmente quanto aos efeitos visuais e especiais. A computação gráfica, felizmente, é fiel aos que vimos na segunda e terceira trilogia, e não aparenta aquela artificialidade da primeira trilogia (Star Wars, episódios I a III). Quem está à frente do projeto é Jon Favreau, nome importante por trás (e na frente das telas) de mega blockbusters da franquia Marvel.

Pontos fracos

Quanto à história, os episódios que contam o procedural perdem um pouco o fôlego, e merecem uma elaboração mais criativa. Entre eles, o episódio 5 é o mais fraco, quando o Mandalorian precisa ser o mentor de um jovem caçador de recompensas. Por outro lado, a trama central é bem explorada e o penúltimo episódio termina com um “cliffhanger” emocionante. Aliás, não perca a surpresa final no último episódio! Ela confirma o motivo de irem atrás do bebê da espécie Yoda.

Além disso, a série enfrenta a dificuldade de ter um protagonista mascarado. Dessa forma, não podermos ver suas expressões faciais. Então, fica mais difícil o público desenvolver empatia com ele. Isso seria mais suave se o rosto humano por trás da máscara fosse revelado ao público no primeiro episódio. Como está, a aposta fica no poder de o personagem cativar pelas suas atitudes.

Por fim, The Mandalorian tenta lançar um novo bordão, como o “Que a força esteja com você” da saga. Será que “This is the way”(1) vai pegar?

(1) Tradução livre, no contexto da série: “é assim que deve ser”

 


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