Pesquisar
Close this search box.
Todo Mundo Quase Morto (filme)
[seo_header]
[seo_footer]

Todo Mundo Quase Morto

Avaliação:
9/10

9/10

Crítica | Ficha técnica

Todo Mundo Quase Morto resgata aquele tipo de comédia que faz rir com outro gênero cinematográfico.

Não chega a ser uma paródia como Alta Ansiedade (1977) e outros semelhantes dirigidos por Mel Brooks ou Apertem os Cintos o Piloto Sumiu (1980) e outros filmes do trio Jim Abrahams, David Zucker e Jerry Zuker. Aliás, nem como Todo Mundo em Pânico (2000), como sugere o título nacional. Porque, diferente desses títulos, ao brincar com o terror, o diretor Edgar Wright não hesita em mostrar cenas horripilantes no seu filme.

O título original (Shaun of the Dead) brinca com o clássico filme de zumbis Despertar dos Mortos (Dawn of the Dead, 1978), de George A. Romero. Aqui, Shaun é o nome do protagonista que interpreta Simon Pegg, também co-roteirista do filme. A história apresenta Shaun como um cara tipicamente mediano, vendedor de eletrodomésticos sem ambição e que possui um namoro mal resolvido. Muito de sua situação é reflexo da influência do seu melhor amigo, o imaturo Ed (Nick Frost). Porém, sua situação muda quando uma epidemia provoca o surgimento de zumbis em Londres, onde ele mora.

Dirigido por Edgar Wright

Todo Mundo Quase Morto catapultou a carreira de Edgar Wright, cujo primeiro longa-metragem para o cinema foi também um filme que tirava humor de um gênero tradicional, o faroeste. Essa estreia se chama A Fistful of Fingers, de 1995. Depois, foi trabalhar durante anos para a televisão, e retornou ao cinema com Todo Mundo Quase Morto. Dirigiu ainda filmes como Scott Pilgrim Contra o Mundo (2010) e Em Ritmo de Fuga (2017).

Edgar Wright começa Todo Mundo Quase Morto apresentando o protagonista Shaun como uma pessoa sem vontade própria, que deixa sua vida por conta dos acontecimentos ao invés de conduzi-la. Na primeira cena, no bar em que ele passa a maior parte do tempo com seu amigo Ed, o filme ilustra isso com humor, fazendo um movimento de chicote com a câmera para surpreender o espectador quando um personagem afirma algo sobre outra pessoa, mostrando que ela está presente na cena também.

Depois, ao evidenciar o surgimento dos primeiros zumbis, apresenta uma justaposição de cenas que aproxima Shaun de um zumbi, imagem que volta no final do filme. Nesse sentido, considerando também que o filme mostra pessoas nas ruas e no ônibus com aparência de zumbis, apesar de serem normais, fica evidente a intenção do filme em indicar que muita gente vive como zumbis. Ou seja, sem nenhum propósito na vida.

Por fim, alerta que essas pessoas nem percebem que isso acontece com elas e com as outras ao redor. Por isso, Shaun caminha pelas ruas sem perceber que a epidemia já começou, os zumbis estão nas ruas, fazendo vítimas, e ele nem se dá conta, numa sequência muito engraçada.

Comédia e terror

Todo Mundo Quase Morto agrada quem busca comédia, bem como quem é fã do gênero terror. Afinal, além do humor que provoca até gargalhadas, o filme possui cenas horripilantes, com zumbis assustadores, entranhas à mostra, e muita morte. Enfim, tudo embalado com muita ação, que resulta em um ritmo alucinante.

Aliás, não é à toa que a descrição acima vale exatamente para Zumbilândia (2009), de Ruben Fleischer, evidentemente influenciado por Todo Mundo Quase Morto. De fato, é praticamente como se fosse a versão americana desse filme britânico que merece se tornar cult.

 

 
Ficha técnica:

Todo Mundo Quase Morto (Shaun of the Dead, 2004) Reino Unido/França. 99 min. Dir: Edgar Wright. Rot: Simon Pegg, Edgar Wright. Elenco: Simon Pegg, Nick Frost, Kate Ashfield, Lucy Davis, Dylan Moran, Nicola Cunningham, Peter Serafinowicz, Rafe Spall, Bill Nighy, Jessica Hynes, Phyllis MacMahon, Penelope Wilton, Martin Freeman.

Assista: Simon Pegg fala sobre Todo Mundo Quase Morto

Onde assistir:
Todo Mundo Quase Morto (filme)
Todo Mundo Quase Morto (filme)
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo