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Scott Pilgrim Contra o Mundo
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Scott Pilgrim Contra o Mundo

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Em Scott Pilgrim Contra o Mundo, o diretor Edgar Wright volta a aplicar o seu estilo próprio. Como resultado, realiza um filme juvenil com muita ação, música e um elenco de futuros famosos.

Aqui, Wright eleva ao exponencial o seu estilo que deu certo em Todo Mundo Quase Morto (Shaun of the Dead, 2004). Dessa vez, em Scott Pilgrim Contra o Mundo, espalha abundantemente os recursos gráficos. Assim, eles aparecem na tela para dar informações, expressar onomatopeias, acompanhar uma contagem regressiva, enfim, em todos os lugares possíveis. Além disso, já prenuncia o que faria em Ritmo de Fuga (Baby Driver, 2017), coreografando as cenas inesperadamente. Aliás, mesmo sem uma música tocando, o diretor junta uma cena a outra, em outro local, relacionando o diálogo do personagem nelas, como se fosse uma continuação.

Inspirado pela graphic novel criada por Bryan Lee O’Malley, que deu origem ao filme, Wright divide a tela não somente em duas ou três partes verticais, mas também em formatos triangulares, como nas HQs.

Influência dos games

A estória leva a situações fantásticas, que se aproximam do universo dos games. É nesse cenário que o protagonista Scott Pilgrim (Michael Cera) enfrenta sete ex-namorados de Ramona Flowers (Mary Elizabeth Winstead). Somente depois de derrotá-los, poderá Scott namorar sua musa. A maioria desses duelos se resolvem na base de lutas corporais, que são bem encenadas e empolgantes. Outras envolvem desafio de skate, batalha de baixistas e de música no palco.

Algumas piadas fogem desse padrão mais moderno e satirizam outros formatos de produções. Por exemplo, naquele trecho em que Scott recebe aplausos, risos e gritos de uma plateia como naquelas sitcoms gravadas com público.

Contudo, o ritmo alucinante, que empolga bastante no início do filme, vai cansando o espectador, que chega ao último confronto já cansado. Ainda mais porque essa batalha derradeira apresenta menos golpes corpo a corpo e é a mais fraca da estória, com um cenário que parece programa infantil. Como Scott Pilgrim Contra o Mundo dura quase duas horas, ficamos com a impressão de que se os ex de Ramona fossem no máximo quatro e não sete, o filme poderia manter a empolgação até o final.

Elenco

Por outro lado, o elenco se destaca. Como o protagonista, Michael Cera era o perfeito modelo de personagem nerd. De fato, tornou-se muito popular, mas sua carreira não decolou.

Já nos papeis coadjuvantes, Scott Pilgrim Contra o Mundo apresenta uma lista de atores jovens que se tornariam famosos. Para começar, Anna Kendrick, que faz a irmã de Scott, e que rouba as cenas toda vez que aparece. Mary Elizabeth Winstead, a Ramona, continua em ascensão, e é uma Aves de Rapina no filme recente com a Arlequinaa. Chris Evans, um dos ex de Ramona, se tornaria o Capitão América na franquia Marvel Universe, junto com Brie Larson, a futura Capitã Marvel que aqui faz sua namorada. Por fim, em papel menor, Aubrey Plaza já está hilária e logo conquistaria o papel principal em seus próximos filmes.

Scott Pilgrim Contra o Mundo começa bem, com a direção estilosa de Edgar Wright garantindo o interesse do público. Porém, a estória banal não se sustenta somente com esse artificialismo, ainda mais quando repetida em quase duas horas de filme.

 

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