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Velozes e Furiosos 8 (filme)
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Velozes e Furiosos 8

Avaliação:
5/10

5/10

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Crítica | Ficha técnica

“Velozes e Furiosos 8” é mais um filme da franquia iniciada em 2001 e as possibilidades de trama visivelmente estão se esgotando. Ainda mais com a morte do ator Paul Walker, um dos heróis principais, que por isso ganhou uma aposentadoria forçada no último filme. O argumento agora é paupérrimo, totalmente improvável.

A trama

A ex-namorada de Dominic Toretto (Vin Diesel) deu à luz a um filho dele há poucos meses de vida e os dois são sequestrados.

Então, Dom, que desconhecia sobre o filho, precisa obedecer às ordens da vilã Cipher (Charlize Theron) para roubar armas nucleares e dominar o mundo. Pois é, o herói possui tanto poder agora que sem ele a vilã não consegue executar seu plano mirabolante. Enfim, Chipher e Dom enfrentarão a turma de amigos quase tão poderosos quanto ele. Para isso, o líder Hobbs (Dwayne Johnson) e a namorada atual de Dom, Letty (Michele Rodriguez), terão a ajuda do inimigo Deckard (Jason Statham).

E como acontece em muitas superproduções hollywoodianas, quanto menos estória, mais se investe em nomes famosos e efeitos visuais e especiais. É por isso que Charlize Theron entrou na franquia, junto com uma lista enorme de dublês para as cenas de ação, como se pode comprovar nos créditos finais. Pelo menos, o prólogo do filme mantém o grande trunfo dessa série de aventuras desde o longa metragem original. Em Cuba, Dom, ajudado por Letty, disputa uma eletrizante corrida pelas ruas, mostrando sua exímia habilidade como piloto. Claro que as manobras ultrapassam o limite do provável, porém conseguem manter um mínimo de contato com o mundo real que coloca o espectador dentro da ação.

Megaprodução

Infelizmente, o filme se deixa levar pelo orçamento generoso (US$ 250.000.000 estimados pelo site IMDb), e as cenas tomam gradativamente proporções absurdamente grandiosas. Só para comparar, tomando como fonte a mesma base de informação, “007 Contra Spectre” (2015), a mais recente aventura de James Bond, teve orçamento ligeiramente menor. Aliás, o parâmetro vale também para equiparar o nível do vilão que os heróis enfrentam nos dois filmes.

Para começar, não se trata mais de uma quadrilha que rouba carros de luxo. Agora, a Cipher de Charlize Theron quer ogivas nucleares para peitar chefes de estado. Por outro lado, Dominic se tornou tão letal quanto James Bond. Aliás, essa ideia é martelada várias vezes nos diálogos do tipo “Você quer disputar com o Dom?”, “Esse é o Dom que conheço!”, e outras exaltações exageradas. A franquia, com isso, deixa escapar o envolvimento do espectador. Afinal, desta vez ele precisa torcer por super-heróis e não mais por pessoas de carne e osso. É uma outra mentalidade, e nem todos os antigos fãs aceitam embarcar nessa transformação. Por fim, tudo culmina numa perseguição nas geleiras, envolvendo dezenas de veículos, uma turma numerosa de heróis secundários, explosões por toda parte. Porém, numa sequência longa demais que cansa o espectador.

Comédia

Por outro lado, uma guinada no direcionamento da franquia pode ser intuída para o próximo filme, já anunciado. Ou seja, Dwayne Johnson está cada vez mais caindo na comédia. Nesse sentido, a cena em que ele aproveita a sua descendência polinésia, enfatizada pela animação “Moana”, onde dublou um dos personagens principais, é uma das mais divertidas de “Velozes e Fuiosos 8”. Nela, ele está trabalhando como treinador de um time de futebol infantil feminino e comanda um grito de guerra tradicional que assusta as adversárias.

Em outro momento, ele ameaça Jason Statham com um xingamento muito pesado e os dois caem na gargalhada. De fato, essa tendência humorística parece ser o novo caminho para a franquia. Até mesmo Helen Mirren participa deste filme, praticamente reprisando seu papel em “Red: Aposentados e Perigosos” e sua sequência, interpretando uma improvável senhora extremamente violenta e fatal. Enfim, resta saber se Vin Diesel conseguirá abraçar essa nova perspectiva.


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