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Woody Allen: Um Documentário (filme)
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Woody Allen: Um Documentário

Avaliação:
8/10

8/10

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Crítica | Ficha técnica

No início de Woody Allen: Um Documentário, assistimos a imagens de Nova Iorque, ouvimos trilha sonora jazzística e a voz em off de Woody Allen como narrador. Ou seja, estamos no ambiente típico do diretor que é o tema do filme. Esse capricho inicial, notado até nas legendas da ficha técnica que abre e encerra a película, percorre todos os seus 113 minutos.

Mesmo ainda tendo mais filmes a realizar – o documentário chega até Para Roma, Com Amor e Allen já lançou posteriormente Blue Jasmine e Magia ao Luar – este documentário pode ser considerado como definitivo. Sendo o único diretor que consegue realizar um filme por ano (faz isso desde Sonhos Eróticos de uma Noite de Verão, de 1982), no futuro talvez seja necessário um complemento a Woody Allen: Um Documentário, atualizando-o. No entanto, suas qualidades serão insuperáveis. 

O motivo principal, provavelmente, é a participação do próprio Woody Allen. Afinal, ele gravou entrevistas, cenas e contou detalhes para o diretor Robert B. Weide, que já fez antes o documentário de outro comediante, Lenny Bruce: Swear to Tell the Truth (1998), e criou o seriado Curb Your Enthusiasm.

Conteúdo

Além de Allen, Weide também gravou depoimentos de parceiros e produtores, atores e técnicos que trabalharam com o biografado. Críticos e acadêmicos de cinema, outros diretores e comediantes, foram também convidados para exporem suas opiniões sobre Allen. Sua irmã, Letty Aronson, e até sua mãe, Nettie Konigsberg – em cena de arquivo, revelam fatos interessantes sobre o artista da família. 

Muito do que se especula sobre Woody Allen acaba sendo confirmado no filme. Mesmo assim, surpreende sua sagacidade ao responder perguntas em programas de TV com tiradas geniais, desde quando ainda era bem jovem e extremamente tímido.  

A revelação maior surge pelas bocas de seus parceiros e produtores Robert Greenhut, Charles H. Joffe e Jack Rollins. Eles bolaram uma estratégia para a carreira de Allen, visando uma superexposição na mídia. Assim, no final dos anos 60 e início da década de 70, Allen apareceu até brincando de lutar boxe com um canguru e falando com um cachorro cantor (essas cenas e outras raridades estão no documentário). 

Extremamente inteligente, sentimos prazer em vê-lo falar sobre seus filmes, suas excentricidades e sua celebridade. De fato, sua sagacidade está em um nível acima dos seus colegas cinematográficos.

Por fim, Woody Allen afirma que faz seus filmes porque gosta de fazê-los, não para ficar milionário ou para que sejam considerados obra primas. Aliás, como todo artista deveria fazer. 


Woody Allen: Um Documentário (filme)
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