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A Barbada do Biruta (filme)
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A Barbada do Biruta

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

A Barbada do Biruta é o 11º filme da dupla Jerry Lewis e Dean Martin, entre os 17 que fizeram juntos.

Produzido pelo lendário Hal B. Wallis em escala industrial, na época em que a dupla cômica lançava três filmes por ano, A Barbada do Biruta é dirigido por George Marshall, profissional que rodava um título após o outro. Dito isto, não é de se estranhar que o resultado seja apenas mediano, longe do potencial que Lewis demonstraria em outras produções.

O filme é inteiramente rodado no estúdio da Paramount em Los Angeles. As exceções são a sequência final dentro do hipódromo e dos takes da cidade de Nova York que constam nos créditos iniciais. A estória começa com uma boa ideia, com o narrador elogiando a cidade enquanto a imagem o desmente. Afinal, estamos na época violenta da Lei Seca e das máfias. O malandro e charmoso Herman Nelson (Dean Martin) passa por uma situação difícil, pois não consegue mais aplicar seus golpes e seus credores venderam suas dívidas para um mafioso.

Então, a fim de salvar sua vida, Herman é obrigado a ir até uma pequena cidade e garantir que o cavalo em que o mafioso apostou ganhe o turfe local. Para isso, precisa dopar o favorito Moça Bonita, e por isso ele leva seu primo Virgil (Jerry Lewis), que é veterinário, com ele. Porém, lá Herman se apaixona pela dona do cavalo, Phyllis (Marjie Millar).

Adulto infantilizado

Mas, Virgil, o personagem de Jerry Lewis, é ingênuo e abobalhado. Apesar de já ser um adulto na casa dos vinte anos, ainda é virgem e provavelmente seu nome foi escolhido com esta finalidade implícita. Soa exagerado o seu grau de infantilidade, o que até dificulta a criação de empatia com o público. Chega a ser meio afeminado, e em uma sequência, veste roupa de odalisca. Virgil só conquista o espectador, e assim provoca risos, na impagável cena da serenata.

Nessa cena, ele dubla Herman cantando, e depois vários estilos de música diferentes, à medida que Phyllis troca a estação de rádio que está ouvindo. É impossível não cair na gargalhada no momento em que ele obedece ao locutor do rádio orientando exercícios físicos, sendo esse o maior destaque de todo o filme.

Dean Martin representa seu habitual papel de galã e cantor romântico, em um par de números musicais inseridos no filme. Aliás, o próprio Jerry Lewis também ganha seu momento musical, apesar de mais recitar do que propriamente cantar. Martin faz o contraponto “machão” da dupla, frente ao pueril Lewis.

As cenas de ação, em que a dupla luta contra os mafiosos, se aproximam do pastelão. É um estilo influenciado pelos Irmãos Marx e que viria a ser copiado também, inclusive pelos Trapalhões no Brasil.

Enfim, A Barbada do Biruta se salva por pelo menos um registro do brilhante talento de Jerry Lewis, a citada sequência da serenata. Fora isso, é um filme apenas razoável.


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