Em A Sentinela, Olga Kurylenko encara o protagonismo num filme com muita ação e violência.
A submente do exército francês Klara volta de uma missão no Oriente Médio com um trauma e com a lição de não confiar nas pessoas. Por conta de sua instabilidade emocional, é transferida para ser uma sentinela, ou seja, responsável pela vigilância contra atos terroristas. Assim, ela volta para Nice, onde moram sua mãe e sua irmã caçula Tania. Quando Klara e Tania saem para uma balada, elas tomam rumos distintos. Klara vai para a cama com uma mulher que conhece na boate e Tania parte com um grupo de russos.
Mas as coisas não resultam bem para Tania. Ela acaba em coma, após ser agredida e estrupada. Quando a polícia conta que o responsável é filho de um milionário com direitos diplomáticos, Klara resolve agir por conta própria para conseguir justiça.
Heroína vulnerável
O diretor Julien Leclercq, já bem experiente, acerta ao construir uma protagonista vulnerável. Apesar de ser forte e preparada para combates, Klara não é imbatível. Por isso, as lutas corporais são bem orgânicas, realizadas com coreografias bem ensaiadas, e sem o uso de efeitos visuais, recurso tão em voga atualmente. Como resultado, elas são mais longas e a heroína do filme apanha bastante, a ponto de deixar o espectador em dúvida se ela vencerá.
Por outro lado, A Sentinela explora a violência gráfica. Por exemplo, o filme mostra uma faca atravessando a boca do personagem, com a lâmina visível dentro da boca. Além disso, a cena de sexo lésbico é bem ousada, com nudez e de certo ponto explícita. Em outras palavras, há violência e sexo suficientes para atrair mais público, e por isso o filme tem censura 16 anos.
Com tudo isso, A Sentinela é um filme com um ritmo acelerado. Assim, suas muitas cenas de ação ajudam a esquecermos que se trata apenas de uma variação do tema do justiceiro que busca vingar sua família. Ao invés do Charles Bronson ou Bruce Willis de Desejo de Matar, temos Olga Kurylenko.
