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Avatar: O Caminho da Água (filme)
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Avatar: O Caminho da Água

Avaliação:
7.5/10

7.5/10

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Crítica | Ficha técnica

Levou dezessete anos para James Cameron lançar a continuação de seu último filme, Avatar (2005). Mas com isso sua máquina volta a engrenar, e ele já anunciou outras três sequências de Avatar: O Caminho da Água (Avatar: The Way of Water), que estreia agora em dezembro de 2022 nos cinemas.

Tecnologia sempre foi o driver de Cameron. Mas, a partir de Titanic (1997), grandiosidade se tornou outro sinônimo de seu cinema. Esse seu novo lançamento repete o filme anterior em relação a esses dois quesitos. Seu revolucionário 3D volta a impressionar, principalmente nas cenas subaquáticas, novo cenário para a maior parte da ação, substituindo as florestas da última história. O casal de protagonistas do filme de 2005, Jake (Sam Worthington) e Neytiri (Zoe Saldana), agora já possuem quatro filhos, e diante de um novo ataque dos humanos ao planeta Pandora, se recolhe junto à tribo Metkayina para resguardar a família e a sua tribo de Na’vis. Com isso, Cameron apresenta um deslumbrante mundo oceânico para os espectadores. Aliás, o desfecho dessa aventura embarca todos numa nave enorme à deriva, repetindo o final de Titanic.

Por outro lado, o enredo fica novamente em segundo plano. Em prol da tecnologia e da grandiosidade, Avatar: O Caminho da Água se estica demais na apresentação do mundo dos Metkayinas, e como a família de Jake e Neytiri se adaptam a ele, incluindo aí os batidos conflitos de bullying com os jovens locais. Além disso, o filme trabalha vários temas, sem se aprofundar em nenhum deles. Por exemplo, fora as citadas dificuldades de integração, a trama retoma a defesa da ecologia (agora em relação aos animais marinhos), da relação entre pai e filho (em duas situações com diferentes personagens), e da união familiar.

Tecnologia é rei

Porém, acaba relevando pontos importantes para dar espaço a cenas supostamente de alto potencial dramático. Por isso, o clã Metkayina some da história e não auxilia no confronto final, que basicamente se resume à família de Jake contra os vilões, inclusive com um duelo um a um entre os líderes dos mocinhos e dos bandidos. Há, ainda, um personagem, o Spider (Jack Champion), que estranhamente ajuda os vilões para depois tentar se reconciliar, numa relação nunca bem esclarecida.

Mas, quanto ao ritmo, este Avatar flui melhor que o primeiro longa. De tempos em tempos, a narrativa sempre traz alguma cena de ação, em menor ou maior escala, para divertir o público. Mesmo durante o citado desenvolvimento cadenciado da integração à nova tribo, quando abre espaço para brigas entre os jovens e brincadeiras perigosas. O desfecho, claro, é apoteótico, com uma surpresa e várias ações simultâneas acontecendo.

Não dá para negar que a tecnologia é rei nesse universo de James Cameron. Em Avatar: O Caminho da Água, ela está impecável, e entrega a experiência imersiva a que se propõe. Mas, se a narrativa não for melhor desenvolvida, esse aspecto técnico não sustentará a longevidade que o cineasta espera para essa franquia.

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Ficha técnica:

Avatar: O Caminho da Água | Avatar: The Way of Water | 2022 | 3h12min | EUA | Direção: James Cameron | Roteiro: James Cameron, Rick Jaffa, Amanda Silver | Elenco: Sam Worthington, Zoe Saldaña, Stephen Lang, Michelle Rodriguez, Sigourney Weaver, Giovanni Ribisi.

Distribuição: Disney.

Trailer:
Avatar: O Caminho da Água
Onde assistir:
Avatar: O Caminho da Água (filme)
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