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Big Little Lies (minissérie)
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Big Little Lies

Avaliação:
9/10

9/10

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Crítica | Ficha técnica

“Big Little Lies” é uma minissérie em 7 episódios produzida pela HBO que ganhou vários prêmios Emmy neste ano. Entre eles, os de melhor minissérie e de melhor direção em série limitada ou telefilme, para Jean-Marc Vallée, que dirigiu todos os capítulos. Além disso, receberam prêmios: Nicole Kidman, Alexander Skarsgärd e Laura Dern, três dos nomes estrelares do elenco.

Outros atores famosos completam o cast: Reese Whiterspoon, Shailene Woodley e Zoë Kravitz (filha do músico Lenny Kravitz e da atriz Lisa Bonet). Aliás, investir em talentos tem sido o padrão da HBO, como comprova, por exemplo, o telefilme “O Mago das Mentiras”, de Barry Levinson, com Robert De Niro e Michelle Pfeiffer.

Um crime não resolvido

“Big Little Lies” tem valor não só pelas premiações e pelos talentos. O roteiro é astuto o suficiente para revelar nos primeiros minutos que a polícia ainda não resolveu um crime. Em conta-gotas, a série deixa escapar uma peça do quebra-cabeças que o espectador sabe que somente se concluirá no último episódio. Essa contagem regressiva sempre entra em cena quando a trama parece caminhar com certa lentidão, para que o interesse não se esvaeça.

Assim, a cada episódio se desvenda algum detalhe surpreendente sobre o microcosmo da sociedade de classe alta da cidade de Monterey, na Califórnia. É como se quisesse quebrar a aparente perfeição do local e das pessoas, como fez David Lynch em “Twin Peaks” e “Veludo Azul”. A abertura com belas paisagens do Big Sur imediatamente evoca esse paraíso aparente.

O protagonismo é das mulheres, tanto que os nomes mais expressivos do elenco são de atrizes e não de atores. O foco recai sobre cinco delas, interpretadas por Reese Witherspoon, Nicole Kidman, Shailene Woodley, Laura Dern e Zoë Kravitz. A vida impecável que elas transmitem para a sociedade ao redor esconde os defeitos e problemas que enfrentam nas suas vidas íntimas. Ademais, a inveja recíproca entre todas fica evidente ao longo dos episódios nos recortes de seus depoimentos sobre o crime, .

O enredo

No primeiro dia de aula do 1º ano na escola, a filha de Laura Dern acusa o recém-chegado filho de Shailene Woodley de a ter agredido. Esse é o estopim para que as desavenças entre as mães subam à tona. Então, como conectar essa inimizade com o crime não-resolvido passa a ser um desafio para os espectadores. Em paraleo, os episódios aprofundam cada vez mais os personagens, muito bem construídos.

Witherspoon vive Madeline, que se separou e casou novamente, mas ainda não superou esse trauma. Assim, sofre para criar a filha adolescente do primeiro casamento e ainda considera a nova esposa de seu ex-marido, Bonnie (Zoë Kravitz), como sendo perfeita. Aliás, esse estigma será quebrado de maneira brilhante no final do filme.

Celeste (Kidman) e Perry (Skarsgärd) formam o casal lindo e ardentemente apaixonado. Porém, ninguém sabe que eles fazem sexo de maneira perigosamente violenta.

Por outro lado, Jane (Woodley) chegou agora a Monterey porque quer se esquecer de um estrupo que originou a gestação de seu filho.

Por fim, a mandona Renata (Dern) se frusta ao não conseguir usar suas influências para ser a líder da sociedade local.

Pouco se pode revelar aqui do final de “Big Little Lies”, já que a trama é um whodunit, em que o espectador deseja descobrir quem é o culpado e, neste caso, qual foi o crime cometido. Contudo, o que se pode afirmar, sem spoilers, é que o fechamento acaba por superar a expectativa que os seis episódios anteriores criaram. Além disso, mantendo a atualidade do tema da série, erguido sobre o papel das mulheres no mundo atual. E como a união as torna mais poderosas.


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