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Brinquedo Assassino (filme de 2019)
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Brinquedo Assassino

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

A nova versão de Brinquedo Assassino diverte mais que assusta.

Aliás, a escalação de Aubrey Plaza já era uma indicação dessa orientação. A atriz se tornou famosa na série cômica Parks and Recreation e sua escrachada personalidade se destacava em papéis com muito humor, como em Ingrid Vai Para o Oeste (2017). Portanto, se Aubrey Plaza está em Brinquedo Assassino, já era de se esperar um tom menos sombrio do que no filme original de 1988, onde uma entidade do mal possuía o boneco.

A ideia para modernizar a estória é esperta. O Buddi é agora um boneco automatizado, capaz de se conectar à nuvem e a outros aparelhos domésticos da mesma marca. Uma grande empresa o fabrica com produção subcontratada em países de terceiro mundo, sob más condições.

Eventualmente, na fábrica do Vietnã, um chefe esbofeteia um dos operários. Então, como vingança, o empregado retira de uma unidade do Buddi as travas de segurança que deviam impedir que ele fizesse algum mal a seres vivos.

Depois, nos EUA, um consumidor insatisfeito devolve essa unidade para Karen (Aubrey Plaza), que trabalha em um grande varejista. Ela dá um jeito de ficar com o boneco para presenteá-lo ao seu filho de 13 anos. Sem amigos, o garoto Andy se afeiçoa ao brinquedo, que ele apelida de Chucky.

Porém, sem os bloqueios de segurança no seu sistema, Chucky passa a agir violentamente contra aqueles que podem ameaçar sua amizade com Andy.

Boneco mais assustador

O design do boneco lhe confere uma aparência mais assustadora do que nas versões de filmes anteriores. Principalmente por seu rosto ser maleável e permitir expressões faciais variadas. Ademais, Chucky agora é um robô, portanto, consegue se mover com facilidade e o público acredita que ele realmente pode ser letal. Para tornar esse perigo mais evidente, o filme exibe várias cenas de violência extrema, com muito sangue jorrando na tela.

Os ataques de Chucky são cruéis, mas o público acaba torcendo por ele. Está aí o truque que torna esse Brinquedo Assassino divertido. As suas vítimas são pessoas odiosas. Assim, o espectador sente prazer em ver o boneco executando-as. Entre elas, está o namorado de Karen, que agride Andy e ainda engana a mãe, pois ele na verdade é casado. Já o zelador espia os moradores com câmeras de segurança instaladas até dentro dos apartamentos. Enfim, só a mãe do detetive que não é assim tão desprezível – seu defeito é apenas pegar no pé do filho já adulto.

Em certo aspecto, o filme lembra aqueles clássicos onde o público se divertia conferindo qual a ideia criativa que o roteirista criou para as execuções. Por exemplo, O Abominável Dr. Phibes (1971).

Protagonistas simpáticos

O ritmo ágil leva uma sequência de ação para outra, mas reserva tempo para construir em Andy um simpático protagonista. A experiência dele com Chucky, ao final, é benéfica. Afinal, com isso ele consegue, enfim, fazer amigos. E o filme caracteriza Karen como uma mãe com boas intenções, mesmo que nem sempre consiga agir da forma correta. Aliás, Brinquedo Assassino evidencia esse aspecto bondoso dela na parte final em que Chucky a mantém presa, num plano que coloca luzes atrás dela que parecem asas de anjo.

O diretor norueguês Lars Klevberg assina aqui a direção de seu segundo longa-metragem. E realiza um eficiente filme de ação com comédia, suspense e terror, na linha de Zumbilândia (2009).

Aliás, vale apontar uma curiosidade: a voz do boneco é do ator Mark Hammil, o Luke Skywalker da saga Star Wars.


Brinquedo Assassino (filme de 2019)
Brinquedo Assassino (filme de 2019)
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