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Camelot (filme)
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Camelot

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

O filme Camelot (1967) transforma a lendária estória de Rei Artur em um musical.

O diretor Joshua Logan não realizou filmes memoráveis, mas a Academia sempre o viu com bons olhos. Por isso, lhe garantiu duas indicações ao Oscar de melhor diretor – por Férias de Amor (Picnic, 1956) e Sayonara (1957) – e um de melhor filme para Fanny (1961). Aliás, um fato memorável considerando que ele dirigiu apenas onze filmes em sua carreira. Já o seu musical Camelot concorreu a cinco Oscars, e venceu nas categorias de direção de arte e cenografia, figurino e música. Mas, não merecia tanto.

Convenhamos que filmar uma aventura medieval em formato musical é tremendamente arriscado. Afinal, Amor Sublime Amor (West Side Story, 1961) ganhou elogios da crítica e do público e levou dez prêmios da Academia, porém, muitos torceram seus narizes para as cenas de ação com dançarinos cantando em coreografia.

De fato, Camelot tenta fugir desse problema na sequência do duelo entre os cavaleiros do reino de Artur, que não possui cantorias. Ainda assim, o seu ritmo é visivelmente mais lento do que veríamos se o filme não fosse um musical. Os outros segmentos de combate são cantados e não empolgam, principalmente porque as músicas também não ajudam.

Triângulo amoroso consensual

Camelot concentra sua trama no triângulo amoroso consensual entre Artur (Richard Harris), Guinevere (Vanessa Redgrave) e Lancelot (Franco Nero), abalado pelas intrigas armadas pelo filho bastardo de Artur, Mordred (David Hemmings). No início, quando Artur conhece Guinevere e se apaixonam, o clima é de romance musical. Depois, as frustrantes sequências de ação parecem ter levado o diretor e os produtores a deixarem o tom descambar para a comédia. Artur passa a agir como um trapalhão e Lancelot como o machão convencido e pouco inteligente. Essa mudança destrói o filme, que torna a estória tão artificial quanto os cenários de estúdio nada convincentes.

O filme envelheceu mal e os coros frequentes nas músicas fazem lembrar o Monty Python’s Spamalot, não só na peça de teatro como em sequências do filme Monty Python em Busca do Cálice Sagrado (1975), aumentando sem intenção o tom humorístico de Camelot. Salvo a luminosa presença de Vanessa Redgrave, pouco se salva do filme.

A peça do roteirista Alan Jay Lerner foi um enorme sucesso na Broadway. Provavelmente, o filme Camelot (1967) funcionava bem melhor no teatro, onde o público aceita cenas de ação menos realistas do que no cinema.


Franco Nero e Vanessa Redgrave em Camelot (filme)
Franco Nero e Vanessa Redgrave em Camelot (filme)
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