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Chamas da Vingança (filme)
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Chamas da Vingança (1984)

Avaliação:
5.5/10

5.5/10

Crítica | Ficha técnica

Baseado no livro de Stephen King, Chamas da Vingança (Firestarter, 1984) conta com um elenco acima da média; especialmente dentro do gênero terror. Como coadjuvantes, estavam os já aclamados Martin Sheen, George C. Scott, Art Carney e Louise Fletcher. E, nos papéis principais, jovens promessas em ascensão. A principal delas, Drew Barrymore, faz aqui seu terceiro filme, logo em seguida ao megassucesso de E.T.: O Extraterrestre (E.T. the Extraterrestrial, 1982). Como seu pai, está David Keith, ator que despontara em A Força do Destino (An Officer and a Gentleman, 1982), quando atuou ao lado de Richard Gere. E, a estrela dos seriados de TV Heather Locklear estreia aqui no cinema no papel da mãe.

Pena que o diretor escolhido não estava à altura do elenco. Mark L. Lester vinha de filmes pequenos, o último deles era o punkexploitation Os Donos do Amanhã (Class of 1984), de 1982. Embora tenha fracassado em Chamas da Vingança (1984), Lester encontrou seu rumo no seu filme seguinte, Comando Para Matar (Commando, 1985), com Arnold Schwarzenegger, e se tornou um frequente diretor de películas de ação.

Desenvolvimento desigual

O primeiro terço é o melhor do filme. Conhecemos o estranho poder da menina de nove anos Charlie (Barrymore), chamado de pirocinética. Quando ela fica nervosa, ela coloca fogo nas coisas e nas pessoas. Através de flashbacks, o enredo revela que seus pais, Andrew (Keith) e Vicky (Locklear) foram cobaias de uma agência governamental secreta apelidada de A Oficina (The Shop).

Eles foram os únicos sobreviventes, e saíram do experimento com poderes psíquicos, ou seja, eles conseguem comandar outras pessoas pelo poder da mente. Mas como a agência quer realizar experiências com Charlie, o filme acompanha a fuga de Andrew e sua filha, que está aprendendo a controlar seus crescentes poderes.

A história perde o fôlego quando os dois são capturados e mantidos separados na sede da Oficina. A partir daí, entra um jogo de dissimulação para enganá-los, já que no confronto direto ninguém consegue derrotar Charlie. Essa situação toma tempo demasiado, e só a conclusão pirotécnica salva o restante do filme.

No entanto, o filme envelheceu muito. Nesse quesito, não há culpa do diretor Lester. Acontece que, naquela época, não havia efeitos computadorizados. Portanto, todos os ataques de Charlie resultavam da filmagem de fogo de verdade, até mesmo as bolas em chamas, que eram amarradas em cabos de aço. Mas, apesar de todo esse trabalho (e perigo), hoje os efeitos especiais soam muito fracos para retratar o poderio destruidor da menina. Além disso, a fofura de Drew Barrymore torna ainda mais amena a sua figura ameaçadora.

Enfim, devia ser uma história de terror assustadora, mas não funciona como tal. Salvam-se, contudo, o retrato da paranoia do controle governamental (também conhecida como teoria da conspiração) e a terna relação entre pai e filha entre os protagonistas.

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Ficha técnica:

Chamas da Vingança | Firestarter | 1984 | EUA | 114 min | Direção: Mark L. Lester | Roteiro: Stanley Mann | Elenco: Drew Barrymore, David Keith, Freddie Jones, Heather Locklear, Martin Sheen, George C. Scott, Art Carney, Louise Fletcher, Moses Gunn.

Gostou? Então, leia também, a crítica de Chamas da Vingança (2022).

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