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COLÔMBIA ERA NOSSA: documentário estreia no streaming

Colômbia Era Nossa (filme)
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O documentário Colômbia Era Nossa (Colombia in My Arms), inédito no circuito comercial brasileiro, chegou às plataformas Amazon Prime, Google Play, iTunes, Mowies e Vimeo.

Dirigido por Jenni Kivistö e Jussi Rastas, o filme é um retrato íntimo sobre pessoas em pontos extremos da sociedade colombiana. Para isso, Colômbia era Nossa acompanha o pós-acordo de paz de 2016 entre as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o governo.

Colômbia era Nossa acompanha personagens reais como Ernesto, um dos muitos guerrilheiros das FARC que sonham com um país melhor pelo qual lutar, mas desta vez através da política. Enquanto isso, María Fernanda Cabal, uma apaixonada congressista de direita, e Pacho, um aristocrata descendente de espanhóis querem a extinção das FARC.

A coprodução entre Finlândia (país de origem do casal de diretores), França, Dinamarca e Noruega, colecionou 11 prêmios internacionais, incluindo o de melhor documentário nórdico em sua estreia, no 43º Festival de Gotemburgo (Suécia). Adicionalmente, no Brasil, ganhou o troféu de melhor filme do 10º Festival de Cinema em Balneário Camboriú. Além disso, foi o filme de abertura do Festival de Cinema de Direitos Humanos da Colômbia, e recebeu prêmios ligados ao tema na Bolívia (Sucre), Itália (Napoli) e Polônia (HumanDOC).

A intenção dos diretores

A princípio, a ideia dos realizadores era fazer um filme poético sobre a anunciada paz. “No entanto, apesar da assinatura, o clima tornou-se difícil tanto nas áreas rurais quanto nas cidades”, relembra a cineasta Jenni Kivistö, que divide direção, roteiro e montagem com Jussi Rastas. “Sentimos que era importante começar a entender esta situação confusa. A celebrada paz já não parecia tão óbvia e a realidade se mostrou muito mais complexa”, resume. Atualmente morando em sua terra natal, Jenni viveu sete anos na Colômbia.

O título em espanhol do documentário se refere a um pensamento distinto que divide as pessoas em “nós” e “eles”. Embora os realizadores acreditem que a Colômbia deveria ser para todos os colombianos, existem diferentes grupos e poderes que acham que a Colômbia é, era ou deveria ser deles. Segundo a dupla de diretores, a Colômbia era originalmente lar de vários grupos étnicos indígenas. Mas, hoje em dia, elites, partidos políticos e grupos armados podem agir como se a Colômbia fosse deles, para serem explorados. Enfim, eles destacam que esta ideia prevalecente dos conquistadores espanhóis de 500 anos atrás continua hoje em dia, e potências estrangeiras não podem ser excluídas deste quadro político e social.

Por fim, a produção de Colômbia Era Nossa durou três anos, metade dedicada às filmagens na capital Bogotá e interior, ouvindo de camponeses a figuras políticas. “Desde o começo, ficou claro que iríamos fazer um documentário polifônico com vozes muito diversas, de várias vertentes da sociedade colombiana”, explica Jussi Rastas, que tem experiência como produtor audiovisual em zonas de conflito pelo mundo. “Esta foi uma oportunidade para abrir janelas para o público compreender melhor as várias realidades desta situação”, conclui.

Serviço

Colômbia Era Nossa (Colombia in My Arms | Colombia fue Nuestra) de Jenni Kivistö e Jussi Rastas

Documentário | 91 min. | Finlândia/França/Dinamarca/Noruega

Disponível nas plataformas: Amazon Prime, Google Play, iTunes, Mowies e Vimeo

Sobre os cineastas

Jenni Kivistö, documentarista finlandesa, viveu e estudou na Colômbia por sete anos. Atualmente, completa seu mestrado em realização de documentários na Universidade de Aalto (Finlândia). Seus filmes anteriores incluem o longa documental Land Within (2016, exibido no festival Dok Leipzig, Alemanha) e o curta Äiti (2016, premiado no festival Zinebi, Espanha).

Jussi Rastas, documentarista e diretor de fotografia finlandês. Viveu quatro anos na América do Sul, na Colômbia, Peru e Chile. Mestre em Meios Digitais (Universidade de Jyväskylä, Finlandia), estudou direção de fotografia na Espanha (ESCAC). Antes de iniciar as filmagens de Colômbia Era Nossa, trabalhou como produtor audiovisual para a Cruz Vermelha Internacional em zonas de conflito e desastre na Ucrânia, Síria e África.

(foto: divulgação/Jussi Rastas)

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