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E Deus Criou a Mulher (filme)
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E Deus Criou a Mulher

Avaliação:
4/10

4/10

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Crítica | Ficha técnica

“E Deus Criou a Mulher”: Roger Vadim explora a sensualidade de sua esposa Brigitte Bardot

“E Deus Criou a Mulher” é a estreia do diretor Roger Vadim, na época casado com a estrela do filme, Brigitte Bardot, que já possuía dezessete longas metragens em sua carreira. Claramente, é um veículo para fortalecer a imagem da atriz, misturando sua fama na vida real com a personagem que interpreta.

Quando o filme foi realizado, na metade dos anos 1950, começava a crescer a onda de rebeldia juvenil na França e em outros países. O cinema procurava fugir do padrão clássico, o que logo eclodiria na Nouvelle Vague. E ícones desse espírito, como James Dean e Elvis Presley, ganhavam popularidade. Brigitte Bardot surgiu nesse movimento comportamental, com sua sexualidade explosiva e atitude de liberdade, contra os padrões tradicionalistas da sociedade.

Juliete e seus cortejos

Esse embate aparece logo no início de “E Deus Criou a Mulher”, quando Juliete (Brigitte Bardot) toma sol nua no quintal e não se importa quando o Sr.Carradine (Curd Jürgens), um homem mais velho, chega para lhe fazer uma visita. Mas, sua mãe adotiva a repreende e ameaça devolvê-la ao orfanato. Além do Sr. Carradine, Antoine (Christian Marquand) também corteja Juliete, e com esse jovem ela troca beijos.

Mas, a ameaça de retornar ao orfanato se concretiza e, para fugir desse perigo, ela se casa com o irmão de Antoine, quando este sai da cidade. Então, ela passa a ter uma vida de casada, com seu novo marido Michel (Jean-Louis Trintignant), controlando seus instintos.

Porém, Antoine retorna, e ela não resiste. Quando o barco onde estava passeando pega fogo, Juliete é salva por Antoine. Na praia, ela aproveita a sensualidade provocada pelas suas roupas em frangalhos e seduz o rapaz. Agora, não é só o barco que arde em chamas.

De fato, a partir daí, o sangue de Juliete ferve de desejo. Quando Antoine se recusa a continuar a trair seu irmão, ela parte descontrolada para um bar só de homens, onde dança mambo com os músicos. Aliás, logo essa sequência se tornou fetiche para os fãs de Brigitte Bardot. É um longo solo de dança em que ela comprova a sua fama de sensual.

St. Tropez

Rodado na belíssima cidade litorânea de St. Tropez, “E Deus Criou a Mulher” explora a beleza do local e de Brigitte Bardot. O filme em si, porém, não apresenta muito mais que isso. A personagem Juliete tem construção superficial, abordando apenas o estereótipo da jovem rebelde, e a ausência de um aprofundamento em sua psique torna difícil aceitar o final da história.

Mas, Roger Vadim, na verdade, nunca foi um grande diretor. Seu talento maior era o de seduzir belas mulheres, e filmar com elas. Além de Bardot, Jane Fonda também foi protagonista em um dos filmes de Vadim, “Barbarella”.  Em 1973, filmou novamente com Bardot, e fizeram juntos “Se Don Juan Fosse Mulher”. Mais tarde, chegou até a fazer uma versão de “E Deus Criou a Mulher”, em 1988, tendo como protagonista Rebecca DeMornay.

A maioria dos filmes de Vadim explora a sensualidade feminina, e este “E Deus Criou a Mulher” não é exceção.


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