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Em Busca de Justiça (filme)
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Em Busca de Justiça

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

Quando surge um faroeste temporão, como este “Em Busca de Justiça”, sempre dá vontade de conferir como foi revisitado o gênero que viveu sua época de ouro na metade do século passado.

Seguindo o padrão, o diretor Gavin O’Connor evidencia que seu filme é um faroeste logo nos primeiros momentos, quando a tela se expande na horizontal. Assim, forma o widescreen característico da iconografia do gênero.

O núcleo da história que vemos aqui sempre funciona no cinema. Jane, seu atual marido moribundo e seu antigo noivo, sozinhos na casa dela isolada no deserto, aguardam o ataque do bando comandado pelos irmãos Bishop, sedentos por vingança. Acompanhamos os mocinhos prepararem suas defesas enquanto os vilões se aproximam. Com isso, a contagem regressiva da situação garante a crescente tensão. No meio disso, através de flashbacks e conversas, somos apresentados aos personagens e aos acontecimentos que desencadearam essa situação.

Jane Ballard (Natalie Portman) estava noiva de Dan Frost (Joel Edgerton) quando ele foi lutar na guerra civil. Após alguns anos sem notícias dele, Jane conhece Bill Hammond (Noah Emmerich), membro do grupo de bandidos de John Bishop (Ewan McGregor, irreconhecível). Ambos se apaixonam e decidem fugir, mas o líder da quadrilha comanda que seus comparsas impeçam isso. Então, Bill contra ataca e encontra Jane sendo estuprada pelo bando. Cheio de ódio, mata alguns bandidos e o casal passa a ser alvo da vingança de Bishop por anos.

O início do filme mostra Bill retornando para casa gravemente ferido após encontrar a turma de Bishop, que agora pode rastreá-lo e encontra o casal.  Jane busca socorro em Dan e, então, aguardam a chegada dos vilões.

Os senões do filme

Nessa sucessão de flashbacks, faltou alguma distinção mais forte entre cenas do passado e do presente. Por exemplo, não fica claro onde termina a sequência onde Jane embarcou na excursão de John Bishop e onde começa o reencontro com um dos bandoleiros desse grupo.

A fotografia consegue um belo visual retratando o deserto em tons amarelos. Faz bom uso da “hora mágica” (o crepúsculo), com deslumbrantes alaranjados. Peca, porém, ao exagerar no escuro da sequência da batalha final, tornando difícil distinguir o que se passa nas telas, talvez uma má sucedida tentativa de copiar a pouca luz do já clássico faroeste “Os Imperdoáveis” (The Unforgiven, 1992), de Clint Eastwood.

A influência de Sam Peckinpah aparece empregada inteligentemente nas câmaras lentas de algumas cenas violentas, elevando o teor dramático delas. Durante o filme, o diretor Gavin O’Connor exagera no uso das imagens desfocadas, tornando-as repetitivas e, portanto, cansativas.

Embora tenha esses senões, “Em Busca de Justiça” entrega o que o espectador espera, e pode sim ser classificado como um bom faroeste.

Sob outro aspecto, o gênero costuma contrapor o subdesenvolvido oeste americano com a chegada da modernidade. Comumente vemos por isso ferrovias e, em alguns casos, automóveis. “Em Busca de Justiça” resolveu ser mais original e coloca para esse fim um balão, que leva Jane e Dan para um vôo romântico.

O filme reúne os astros das prequels de Star Wars, Natalie Portman e Ewan McGregor, mas agora não como aliados, mas como inimigos. Além de McGregor, quem também aparece de forma irreconhecível é o brasileiro Rodrigo Santoro, no pequeno papel do vilão Fitchum.


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