Pesquisar
Close this search box.
Poster de "Horizonte Profundo"
[seo_header]
[seo_footer]

Horizonte Profundo: Desastre no Golfo

Avaliação:
6,5/10

6,5/10

Crítica | Ficha técnica

Horizonte Profundo: Desastre no Golfo leva para as telas o terrível desastre na plataforma de petróleo Deepwater Horizon, que aconteceu em 2010 no Golfo do México. A direção é de Peter Berg, constante colaborador de Mark Wahlberg, que faz o protagonista. Entre os filmes que fizeram juntos, estão: O Grande Herói (2013), O Dia do Atentado (2016) e Troco em Dobro (2020).

Há uma evidente preocupação da produção do filme em respeitar as 11 vítimas fatais do acidente. Assim, o roteiro dramatiza a vida dos principais envolvidos. Entre eles, os heroicos Mike Williams (Mark Wahlberg) e Jimmy Harrell (Kurt Russell), que chegaram à plataforma poucos dias antes do acidente e desde o início desmascararam algumas práticas pouco seguras implantadas pelos gerentes da operadora BP, Don Vidrine (John Malkovich) e Kuchta (David Maldonado). Ao rodarem os testes de pressão exigidos por Mike e Jimmy, o desastre começou a acontecer.

O enredo, por isso, abre mão da criatividade para privilegiar a reprodução autêntica dos fatos. Assim, embora o filme comece com uma cena caseira de Mike com sua esposa Felicia (Kate Hudson) e sua filha Sydney (Stella Allen), e uma breve despedida de Andrea Fleytas (Gina Rodriguez) e seu namorado, são os eventos do acidente que constituem os principais elementos. A descrição deles começa nas discussões entre Mike e Jimmy com Vidrine e Kuchta. Nessa parte, com direito a estranhos planos que captam flagrantes das decisões irresponsáveis dos gestores, filmadas com a câmera na mão como se fosse um reality show, dando um toque de sarcasmo típico da série The Office, na qual Steve Carell interpreta um executivo sem escrúpulos.

Velocidade vertifinosa

Horizonte Profundo não descarta nem o uso de cartelas com explicações técnicas sobre o funcionamento da plataforma. Mas, quando a coisa começa a degringolar, com o barro da profundidade emergindo com uma pressão incontrolável, o diretor Peter Berg recorre a planos curtos para aumentar o ritmo e a tensão do filme. Os eventos se sucedem numa velocidade vertiginosa, como deve realmente ter acontecido.

Apesar de alguns desses planos curtos ficarem confusos na montagem, seria injusto não valorizar o feito da produção, que investiu grande parte do orçamento de 110 milhões de dólares na construção de uma plataforma de petróleo em Chalmette, Louisiana, onde a maior parte das filmagens ocorreu, segundo o IMDb. Tudo isso impacta bastante na tela, quando um verdadeiro inferno de chamas e explosões domina a cena.

Enfim, se Horizonte Profundo não consegue envolver o espectador pela dramaturgia, pois não aprofunda os seus personagens, os efeitos especiais são surpreendentes. De fato, é prato cheio para os fãs de filmes de desastre.

___________________________________________

Ficha técnica:

Horizonte Profundo: Desastre no Golfo | Deepwater Horizon | 2016 | 107 min | EUA, Hong Kong, China | Direção: Peter Berg | Roteiro: Matthew Michael Carnahan, Matthew Sand | Elenco: Mark Wahlberg, Kurt Russell, John Malkovich, Gina Rodriguez, Dylan O’Brien, Kate Hudson, Douglas M. Griffin, James DuMont, David Maldonado.

Distribuição: Paris Filmes.

Assista ao trailer aqui.

Onde assistir:
Dylan O'Brien e Mark Wahlberg no filme "Horizonte Produndo"
Cena de "Horizonte Profundo"
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo