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Inferno (filme)
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Inferno

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

“Inferno”: Dan Brown com mais ação e menos mistério

“Inferno” é a terceira adaptação da série de quatro livros sobre o personagem Robert Langdon escritos por Dan Brown. O primeiro, “O Código da Vinci” (The Da Vinci Code, 2006), foi um estrondoso best seller e um grande sucesso nas bilheterias. Já “Anjos e Demônios” (Angels & Demons, 2009) obteve repercussão apenas moderada. Agora, apenas o livro “O Símbolo Perdido” permanece longe das telas.

Tom Hanks novamente interpreta o professor Robert Langdon, que no começo de “Inferno” se recupera de uma tentativa de assassinato em Florença, na Itália. A bala que atingiu sua cabeça de raspão deixou-o com falhas nas memórias recentes, como lhe explica a médica Sienna Brooks. Por isso, flashes de imagens em cortes rápidos surgem na tela, retratando o que se passa na sua mente aturdida. O filme não dá tempo para maiores explicações, pois logo uma policial chega ao corredor do hospital atirando em Langdon. E, mesmo em estado complicado, ele consegue fugir com a ajuda da médica.

Ação

Essa opção pela ação é a principal diferença de “Inferno” com as outras duas adaptações anteriores. O charme do intelectualismo das obras de Dan Brown se restringe ao fato de o vilão usar a obra do título, de autoria de Dante Alighieri, para dar pistas aos seguidores de seu plano de eliminar parte da população mundial com um vírus mortal. Dessa forma, eles podem dar andamento em caso de sua morte, o que acaba acontecendo logo no começo do filme. Robert Langdon é chamado, então, para ajudar a desvendar esse mistério e impedir que esse terrível plano se concretize. E ele vai decifrando as charadas em cima do quadro de Dante, com seu apurado conhecimento.

Como desta vez não há os mistérios envolvendo a religião católica presentes nos outros filmes, perde-se aquele clima sinistro que envolvia o espectador. O que é ruim, pois antes ele era atraído pela oportunidade de conhecer segredos sombrios guardados a sete chaves pela igreja. “Inferno” tenta criar essa atmosfera através de imagens do apocalipse vindas das alucinações de Robert Langdon. Mas essas alusões não são suficientes, mesmo apresentando algumas imagens horrendas, como pessoas com o rosto torcido para trás.

Mais ação

De fato, o que o espectador assiste em abundância são cenas de perseguições, correrias, lutas e tiroteios, aproximando o filme das aventuras de James Bond. Afinal, temos também um vilão com uma ameaça mundial, tramas de espionagem e agentes duplos, elementos típicos das estórias criadas por Ian Fleming.

E Ron Howard não é um diretor autor, mas é um competente profissional que navega por vários gêneros. Como os produtores desejaram esse viés de aventura de espionagem para “Inferno”, Howard entregou o que lhe foi solicitado.

Assim, na busca de um público mais abrangente, o filme desaponta os fãs que esperaram sete anos pela oportunidade de rever Robert Langdon nas telas.


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