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Isolados: Medo Invisível (filme)
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Isolados: Medo Invisível

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Isolados: Medo Invisível foi um dos primeiros filmes realizados durante a pandemia da Covid-19. Inclusive, chegou a receber notificação do sindicato dos atores a respeito das normas de segurança. Sua trama prevê um agravamento da doença, mas termina com uma fagulha de esperança.

O enredo

No ano de 2024, os moradores de Los Angeles estão proibidos de sair de casa por causa da Covid. O desrespeito a essa lei sujeita o infrator a ser alvejado pela polícia. Além disso, os cidadãos devem passar um scanner via aplicativo para testar se estão infectados. Os que estão devem ser levados à força pelo Departamento de Higienização para uma das enormes zonas de quarentena, onde acabam morrendo.

No entanto, há alguns casos raros de pessoas que desenvolvem anticorpos e se tornam imunes à Covid. Estes podem circular pela cidade, com a identificação de uma pulseira de passe livre. Entre eles, está Nico, que aproveita sua condição privilegiada para trabalhar como entregador. E, ainda, manter acesa sua paixão platônica por Sara.

Por outro lado, existem os aproveitadores que querem lucrar com a pandemia. Um deles é o rico produtor musical William. Além de traficar as pulseiras de passe livre, ainda abusa sexualmente de uma jovem artista que ele confina em um quarto de hotel. Já Emmerett tira proveito de sua imunidade e de seu cargo como chefe do Departamento de Higienização, e age como um tirano.

Enfim, esses personagens se conectarão quando a avó de Sara se infecta com a Covid. Por isso, é iminente que a jovem seja levada à força para um setor de quarentena. Então, para salvar sua amada do Departamento de Higienização, Nico tentará obter uma pulseira de passe livre de William.

A direção

O diretor inglês Adam Mason começou sua carreira em 2000 dentro do terror. Fez uns dez filmes de baixo orçamento dentro do gênero, bem como vários videoclipes, entre eles para a banda Alice in Chains.

Isolados: Medo Invisível é, provavelmente, sua produção de maior porte, ainda que seja modesta dentro da média de Michael Bay, um dos produtores do filme. Desta vez, o diretor Adam Mason arrisca na ficção-científica.

Mason utiliza predominantemente planos curtos em grande quantidade e variedade, montados em sequência. Por isso, o filme é nervoso, cheio de adrenalina, e passa muito rápido. As situações se conectam e se resolvem rapidamente, e só desaceleram no abraço e beijo final do casal protagonista. É uma forma de encerrar essa história, que é muito próxima e que aflige a todos, com a esperança de que, se não conseguirmos derrotar o vírus da pandemia, pelo menos conseguiremos conviver com ela.

Pelo menos, uma cena se destaca. É quando Nico conversa com Sara, separados pela porta do apartamento dela. A câmera faz um movimento de pan saindo de Nico e atravessando a porta lateralmente, até enquadrar Sara. Enfim, é um momento que simboliza o amor que sobrevive ao distanciamento, e que, sem dúvida, se torna intenso quando assistido hoje, ainda durante a pandemia.

Apesar de não ser um filme excepcional, é um dos melhores entre os filmados no imediatismo desse cenário de crise sanitária. Ao contrário de Antologia da Pandemia (2020) e Confinamento (2021), Isolados: Medo Invisível não deixa transparecer as limitações impostas pelo isolamento na produção. Nesse quesito, o diretor Adam Mason tirou proveito da situação alternando cenas filmadas como cinema, propriamente dito, com tomadas captadas com celulares, computadores e drones. Aliás, este também é um dos primeiros filmes a usar a câmera digital compacta Komodo 6K da Red.

Elenco

Um sinal de que Adam Mason contou com uma produção maior é a presença de nomes conhecidos no elenco do filme.

Por exemplo, o casal protagonista é vivido por K.J. Apa e Sofia Carson, dois jovens em ascensão. Entre outros créditos, K.J. Apa fez a série Riverdale, e os filmes O ódio que você semeia (2018) e Enquanto Estivermos Juntos (2020). Já a atriz-cantora-dançarina Sofia Carson, esteve na série Descendentes, e no filme Feel the Beat (2020).

No papel da jovem abusada sexualmente está Alexandra Daddario, que talvez você tenha visto na série Por que as mulheres matam, e nos longas A Lula e a Baleia (2005), seu primeiro filme, e Jogo Assassino (2018).

Além desses novos talentos, Isolados: Medo Invisível conta com os veteranos Demi Moore, Craig Robinson e Bradley Whitford.


Isolados: Medo Invisível (filme)
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